domingo, fevereiro 28, 2010

Só porque eu adoro a Shakira!!!

E se você não gosta... problema seu!!!


(Detalhe que nada em HD cabe aqui!)

O que se prefere...

Cacei um texto antigo para relacionar ao post, mas hoje é domingo... último dia do mês (dia em que poucas coisas interessantes acontecem..rs)... acabei de ler um mega texto em pdf e participar duplamente de um fórum... logo, minhas "vontades literárias" estão zeradas... e só parei por aqui... porque estou "aguardando uma resposta" e quando levantar... pretendo "passar um tempo longe"...
O canal Sony estreou uma série nova Los Caballeros las Prefieren Brutas (percebe-se "pasmadamente" que "retratando a cultura latina")... não assisti, mas na "chamada", ouvi o trecho (isso eu consigo "traduzir" rs):
- Não gosto de mulheres assim como você! (Argumento de um cara).
- Assim como? (Ela questiona).
- Tão inteligentes que parecem homens! (Ele responde).
Claro que o seriado tem um tom humorístico, mas que "aparentar inteligência" afugenta... afugenta! Provavelmente pelo nosso eterno padrão competitivo... ninguém quer ser comparado com a terminologia "menos" antes da menção que for...
O comentário acima me reportou a um diálogo a la Rui e Vani (Os Normais)... sei lá se já socializei... pero:
Rui: Mulher para mim é como vinho...
Vani: Então você gosta das "encorpadas e envelhecidas"...?
Rui: Não... tipo assim... pega uma rolha e mete na boca... (rindo).
Em prol da comédia... mulher é comumente associada com falar demais e ser menos inteligente... não vou dizer que eu não ria de bobagens do gênero... porque eu rio... ainda mais se quem profere o diálogo for sabidamente inteligente.... como é a Fernanda Torres... e os tantos roteiristas que são os responsáveis pelos diálogos nos diversos seriados!
Acho que, no geral (mas não como via de regra), os homens são mais detalhistas e as mulheres mais objetivas... e cada um (mas não todos! rs) vem com sua dose de inteligência e  capacidade de entendimento...
De mais a mais, repudio os "excessos" quem suporta uma pessoa "verdadeiramente burra", seja lá quais forem os atributos físicos?
Por outro lado, também é pouco suportável quem se (auto)intitula "inteligente acima da média"... e que fica citando coisas inúteis que ninguém lê e nem pretende entender ou falar sobre...
É comum ouvir menção ao seguinte argumento: a inteligência é afrodisíaca...
Eu aprecio a inteligência prática... aquela que oportuniza soluções rápidas para dificuldades cotidianas... que aciona estratégias e rotas com mais facilidade/velocidade que o padrão... que permite que se perceba as pequenas ironias que nos cercam... que permita com que "certas ignorâncias" venham à tona na medida da conveniência... que faça com que os ouvintes, apreciem ao menos por um tempo, o que quer que seja dito...

sexta-feira, fevereiro 26, 2010

A situação mencionada na "nota"... trata de palavras que nos atingem... ainda que não pensadas inicialmente para nós... acho que justamente porque muitas vivências e interações são bem próximas... então nos parecem "potencialmente particulares"... imagino que seja por isso que a sensação de "já passei por..." nos assole a todo momento...
Eu me vejo nessa situação constantemente ao ler "coisas da Clarice"... parece que... se ela não disse/escreveu "exatamente para mim"... era "conclusivamente sobre mim"... Coisa de doido, né?
Num episódio da sexta temporada de Seinfield, o George diz:
- Passei a vida inteira procurando uma pessoa assim (alguém)... Agora minha busca terminou!
E o Jerry argumenta:
- Bem na hora de você começar a buscar um bom psiquiatra!
Não sei quanto de certo e de desvairo me (nos) cabe... mas vai aqui, a citação (perfeita) dela que "me compete (imperfeitamente)":
"Sou composta de urgências: minhas alegrias são intensas; minhas tristezas, absolutas. Me entupo de ausências, me esvazio de excessos. Eu não caibo no estreito, eu vivo nos extremos."
Quer uma para si? Escolha outra...rs

Nota de rodapé... de outro rodapé...

Por falar em interações... um velho amigo comentou um post aqui... e a conversa se perdeu por conta dos nossos "fusos"...
Só uma nota: Tem coisa que embora tenha "destino certo"... não tem "destino restrito"... pode enveredar por outros caminhos e contemplar "outros destinatários"... a situação mencionada... também lhe cabe!
Beijos... e que não reste dúvidas...rs

Interações... minhas e da Clarice!

Dia desses li uma das muitas inscrições que mencionam a Clarice (Lispector, posso usar o primeiro nome, venho estabelecendo uma intimidade forçada com a pessoa que ela foi...) e a questão era "Felicidade"... eu subentendi que era algo do tipo: "Buscamos a felicidade para quê... faremos o quê quando encontrá-la?"... Na obra dela, tem momentos em que a felicidade se faz abertamente presente... totalmente ausente... claramente desnecessária... há blogs e blogs e artigos e artigos buscando desvendar o estado de espírito de uma mulher que, na minha opinião, teve mais "espírito" que qualquer um de nós...
Agora que conto com a opção de livre escolha  e pensamento... penso em adquirir (joguei o anterior "pela janela") um novo volume da "Hora da Estrela" (para tentar fazer justiça das partes com o todo) e reler com olhos de Cris... não com olhos de Leda (a maldita!)!
Palavras (consistentes) dela (Clarice... eu jamais citaria a Leda!): "O que não sei dizer é mais importante do que eu digo."
Além da felicidade, um outro termo que a inquietava era a "Compreensão"... uma das citações (dela) mais usadas (desonestamente) por terceiros é: "Que depois que aprendi a pensar por mim, nunca mais pensei igual aos outros"... tem muita gente obtusa por aí, se iludindo sobre "pensar por si"... Dia sim, dia não... eu me surpreendo em ver como coisas elementares parecem tarefas inatingíveis... não sei se por falta de ouvido ou de cérebro... as pessoas sentem dificuldade em dar respostas conclusivas...
Quer um exemplo patético (e recorrente)? Posso dar: "Bom dia, aqui é a fulana do setor tal, vocês têm tal pessoa (citando e repetindo o nome completo da distinta) no quadro de funcionários?
- Temos não!
- Tem certeza (repetindo o nome)?
- "Xô pensar"... Ah... temos sim... eu "si enganei"...
- Você pode verificar no prontuário dela a informação x?
- Ih... tá meio complicado aqui (dentro da minha cabeça!), "cê" liga depois?
- Ligo sim (combinando um prazo)...
- Quando finalmente você consegue contactar novamente o "agente telefônico"... a informação que ele tem para dar é a y... não a x!
Também tem a pessoa que acredita pensar por si, mas tem o perfil "papagaio louro do bico dourado..." TODAS as conclusões da pessoa consistem em repetir exatamente o que foi dito por terceiros como se ela tivesse pensado antes e se atrasado em compartilhar...
E (essas, dentre tant/) as descobertas incrédulas que eu registro nas minhas interações "humanas"... me reportam a uma outra citação da mesma autora:
"Às vezes me dá enjoo de gente. Depois passa e fico de novo toda curiosa e atenta. E só."

domingo, fevereiro 21, 2010


Quando eu era pequena acabei adorando a Simone... e agora que cresci e sou mais interessada por certas letras... que por certas músicas... ainda acho que esse pout porri apresentado num show ao vivo no Canecão, no final de 79 (o show virou um vinil)... seja um dos marcos cantados e falados da minha inevitável passagem pelo gosto musical (eclético) do meu pai...

Pra não dizer que não falei das flores
Os amores na mente
As flores no chão
A certeza na frente
A história na mão
Caminhando e cantando
E seguindo a canção
Aprendendo e ensinando
Uma nova lição...
Vem, vamos embora
Que esperar não é saber
Quem sabe faz a hora
Não espera acontecer...

Estão voltando as flores
Vê, estão voltando as flo....res
Vê, nessa manhã tão lin....da
Vê, como é bonita a vi.....da
Vê, há esperança ain......da
Vê, as nuvens vão passan......do
Vê, um novo céu se abrin......do
Vê, o sol iluminan.....do
Por onde nós vamos indo...

Desesperar jamais
Aprendemos muito nesses anos
Afinal de contas não tem cabimento
Entregar o jogo no primeiro tempo
Nada de correr da raia
Nada de morrer na praia
Nada! Nada! Nada de esquecer
No balanço de perdas e danos
Já tivemos muitos desenganos
Já tivemos muito que chorar
Mas agora, acho que chegou a hora
De fazer
Valer o dito popular
Desesperar jamais...

Tô voltando
Faz um cabelo bonito pra eu notar
Que eu só quero mesmo é despentear
Quero te agarrar
Pode se preparar porque eu tô voltando
(...)
Diz que eu só volto amanhã se alguém chamar
Telefone não deixa nem tocar
Quero lá, lá, lá, ia, porque eu tô voltando!

Aquarela do Brasil
Onde amarro a minha rede
Nas noites claras de luar
Brasil, prá mim
Ah ouve essas fontes murmurantes
Aonde eu mato a minha sede
E onde a lua vem brincar
Ah esse Brasil lindo e trigueiro
É o meu Brasil brasileiro...

Começar de novo
Começar de novo e contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Ter me rebelado, ter me debatido
Ter me machucado, ter sobrevivido
Ter virado a mesa, ter me conhecido
Ter virado o barco, ter me socorrido
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena ter amanhecido
Sem as tuas garras sempre tão seguras
Sem o teu fantasma, sem tua moldura
Sem tuas escoras, sem o teu domínio
Sem tuas esporas, sem o teu fascínio
Começar de novo e só contar comigo
Vai valer a pena já ter te esquecido
Começar de novo...

Aprendizados...

Aprendizados nunca são finitos... e a nossa capacidade de aprender (e apreender) sempre me deixa "gratuitamente entusiamada"...
Semana passada aprendi uma coisa tão óbvia "made Paint" (céus! rs) com auxílio de um dos estagiários que trabalham comigo... e um outro vibrou quando me ensinou a escanear algo "pela rede" (achei bonitinho, não depois de considerar que talvez as pessoas não aprendam tão efetivamente quanto considero!)...
Eu e o meu distinto... que ainda estamos estagiando nisso de "pré-casal" (rs) montamos juntos um blog nosso... para lançar coisas nossas... e "aprendemos juntos"... como colocar música por lá...
Já que os mecanismos que eu usava antes não existem mais... e que música é importante...
Nos nossos contextos e nos demais...
Então lá vai a escolhida... e a justificativa para tal...

Diga-me com quem andas... e eu tentarei dizer o quão carente tu és...

Desde os primórdios... até hoje em dia (olha o plágio aí gente...rs) somos movidos pela carência...

Eu tenho um certo "jeito desapegado" nesse jogo duplo que denominamos “relação” (e/de posse) e em todas as suas variáveis...

Muita gente já se mostrou chocada ou se declarou descrente... quando eu mencionei que o melhor jeito de gostar (e ser gostada) é o livre e sem cobranças...

Não entenda com o meu argumento (talvez como eles tenham entendido!) a questão de “amor livre”... tenho um certo desprezo por pessoas comprometidas em graus mais definitivos e que acham que podem fazer “tudo o que der na veneta”... e uma vez envolvida com alguém... não tenho cabeça nem corpo... para sair pulando de galho em galho... e talvez... por esse padrão comportamental tão “claro”... considero que eu possa dar (e receber) uma boa dose de liberdade e (respectivamente) de segurança para a pessoa...

Reconheço que alguns dos que receberam a minha "dose de liberdade", confundiram com desinteresse... o que facilitou o surgimento de um fator cada vez mais constante nas dinâmicas relacionais... a “carência”... e é a carência, na minha opinião, que instaura uma série de outras neuras... como possessividade... ciúmes exagerado... desconfiança... temores infundados... e por aí afora...

Veja bem... eu já fui atacada por algumas dessas neuras... mas muito mais em momentos de alterações hormonais do que por padrões comportamentais... e depois que “as crises passam”... tudo me parece tão ridículo e infundado... que a “raiva de minha reação” consegue superar o que quer que eu tenha sentido (e demonstrado)... Por ter isso claro... eu procuro domar esses tipos de reações, quando elas teimam em aparecer... porque elas não passam de “lampejos”... e não merecem muito da minha atenção... ou da atenção da pessoa com a qual me relaciono..
Fomos condicionados a achar que “precisamos” de alguém para “estarmos” felizes... e todo o intervalo do tipo: desfrute da vida e de si... nos parece um tanto vago...

Quando amo (e sou amada)... em qualquer contexto... admito “precisar dele”... mas não é um precisar do tipo “minha vida depende disso”... é um precisar do tipo “desfrutar momentos agradáveis juntos”...

E ainda que eu anseie pela “companhia dele”... não creio que eu precise monopolizá-la... até porque há uma série de coisas que os nossos distintos podem gostar de fazer... e nós não... e vice-versa...

Então prefiro que ele vá sozinho e feliz... do que me (man)tendo contrariada ao seu lado... porque se tem algo que aprendi em TODAS as minhas relações... é que não vale a pena “fazer esforço demais”... ou se ama  a pessoa pelo que ela é (e se é amado com a mesma aceitação)... respeitando-se as diferenças sem submeter-se a tudo... e permitindo que ela tenha uma vida “além da nossa”... ou fica-se sozinho!

Isso é “definitivo” para mim!

Eventualmente pessoas do meu passado (e aposto que do seu!) surgem no cenário... com aquele velho papo... “vulgo: hoje vale a pena apostar tudo”... muito xaveco... muitas saudades “implícitas”... muitos elogios gratuitos... e um só objetivo... (porque) basta a situação atual ficar um pouco instável... e parte-se em busca de “qualquer um para chamar de seu”... mesmo que o resultado seja tão contraproducente quanto nas vezes anteriores... Olha a bendita (c.) aí de novo...

Recentemente conversei com um conhecido e afirmei que pensava (e ainda penso!) que, em geral, os homens são mais carentes... ele afirmou que, talvez exceto por mim, dentre as que ele conhecia, as mulheres eram mais carentes... é engraçado... talvez sejamos (todos!) igualmente carentes... (mas só percebemos as manifestações alheias...) e mais provavelmente ainda... talvez esteja na hora de (todos!) dependermos menos e desfrutarmos mais (de tudo!)...

Nas minhas andanças e considerações... duas coisas ficaram claras... uma é que jamais impediremos “vontades alheias”... e outra é que mostrar mais apego que o necessário não garante a permanência da pessoa ao nosso lado!!!

(E se para você(s)... eu estiver tão errada assim... convença(m)-me!!!)

quarta-feira, fevereiro 17, 2010


Vamos às especialidades médicas... todos os especialistas terminados em “ista” causam desconforto em algum grau.... alguns mais... outros menos... e eles concordam com essa alusão entre si... a minha dentista acha tão ruim quanto eu ir ao ginecologista... e por aí vai... Eu odeio ficar de boca aberta babando em uma... e de pernas abertas olhando pro teto em outro...

Um “amigo” afirmou recentemente precisar de um massagista (talvez no caso dele, uma...rs), mas até massagista, tem um grau de desconforto posicional... e posterior, se não for dos bons (das boas!)... bom... há quem afirme que “quanto mais dor melhor”... mas não concordo com essa afirmação em “todos os segmentos”...

Aliás... vou começar a mentir que sinto dor... mesmo não estando nem perto dela... pois assim minhas solicitações médicas serão atendidas nos “meus prazos”... dia desses fui  à dentista “afirmando” que meu dente do siso estava nascendo (região inferior)... ela perguntou: sente dor... e eu: não!... ela cutucou, cutucou... disse que ele não estava “erupcionando” ou algo assim... e que eu estava “mordendo a bochecha”...

Hoje, ao fazer a escovação matinal... notei uma saliência na minha gengiva (região superior)... fui passar o dedo... e das duas uma... ou uns dos dentes... achou um espaço (porque não tem, é fato!) para “erupcionar”... ou eu beijei um alien sonhando... e ele deixou “a sementinha dele ali”... mas dói? Não!!!!

Enfim, voltarei na distinta... mas não entendo uma coisa... pesquisei ontem que o maior percentual de pessoas cujo dente “nasce”... tem problemas e precisa remover... e se está na cara que os meus serão removidos... porque ela não faz logo “uns rasgos” e puxa fora? (Não penso nisso sem um certo desconforto... mas minha arcada não é das mais regulares... e deixar eles por lá... também não fará bem algum...).

Minha pesquisa recente nem era para descobrir os tantos casos problemáticos... só estava sanando uma dúvida ortográfica, se a grafia era ciso ou siso... pois já vi ambas... mas o certo é siso, porque vem de seriedade (sisudo)... não é a toa que os não problemáticos nascem numa época que a pessoa está adentrando a vida adulta (daí a “graça do juízo”)... eu já sou adulta há anos... e eles não adicionarão (nem tem como!) mais “juízo” ou “seriedade” ao meu currículo!!!

Voltando em “espaços e desconfortos”... acho uma “ignorância” um ser do meu tamanho... ter problemas com “espaços internos”... meus dois metros (em cada lado) de braço são “tatuados por veias”... mas basta eu precisar doar/tirar sangue e “as de uso são muito finas”... logo hematomas e várias tentativas até a conclusão... gestação nem estava nos planos quando fui avisada que “meu útero é pequeno” (nem quero imaginar o que um ser passaria lá dentro até alcançar o peso ideal!)... o otorrino já avisou: “canais estreitos demais”... minhas “extremidades” são consideradas pequenas (para alguém do meu tamanho... e mesmo assim, quem quer mãos, pés e orelhas grandes? rs)... e tudo o mais “por fora”, que poderia ser pequeno é grande... excetuando inversamente o nariz... sempre gostei de narizes acima da proporção... e até nisso minhas proporções são desproporcionais (ao menos para mim!)... enfim... vai entender?!

Palavras... minhas e deles...

De uma carne trêmula...

De um pulso que lateja...
De um corpo que anseia...
Ou de um corpo que fraqueja...
Dos constantes deslizes de personalidade (ocasionalmente negros e nos tornando vulneráveis)
(Maligna)


O pulso ainda pulsa
O pulso ainda pulsa
Peste bubônica, câncer, pneumonia
Raiva*, rubéola, tuberculose, anemia
Rancor, cisticircose, caxumba, difteria
Encefalite, faringite, gripe, leucemia
O pulso ainda pulsa (pulsa)
O pulso ainda pulsa (pulsa)
Hepatite, escarlatina, estupidez, paralisia
Toxoplasmose, sarampo, esquizofrenia
Úlcera, trombose, coqueluche, hipocondria
Sífilis, ciúmes, asma, cleptomania
E o corpo ainda é pouco
E o corpo ainda é pouco
Reumatismo, raquitismo, cistite, disritimia
Hérnia, pediculose, tétano, hipocrisia
Brucelose, febre tifóide, arteriosclerose, miopia
Catapora, culpa, cárie, câimbra, lepra, afasia
O pulso ainda pulsa
O corpo ainda é pouco
Ainda pulsa
Ainda é pouco (pulso)...
(Titãs)
 
Algumas das "mais recorrentes" (em dosagens exageradas) podem ser evitadas...

Citações do filme Em Carne Viva (usei em 07/11/04)!

As águas tranqüilas
Sob uma copa de estrelas
A água tranquila da sua boca
Sob uma mata de beijos.
O homem abandonado que
Ferido na alma
E no coração extenuado
Venera o espírito
Da vida inconsciente
Na árvore ou flor silvestre
Gentil lunático.
Na metade da minha vida,
Me vi perdido
Em uma selva escura
E não mais seguia
O caminha certo.
(Poema em transição)
Veio de longe
Entrou na sala
Está aqui no círculo.
Agora
Pensando no curso
Da minha paixão
Eu era como uma cega
Sem medo do escuro.


Nota atual: Quem vive "copiando e decorando" fragmentos escritos (aleatoriamente)... entende essa "necessidade" de registro...rs

segunda-feira, fevereiro 15, 2010

Última apresentação...

Primeira apresentação...

Mais um motivo para eu "esquecer" que Carnaval existe...

Só ocorre a cada quatro anos... mais coincidiu que justamente nesse... rolasse Olimpíadas de Inverno... e eu prefiro passar as madrugadas vendo atletas no gelo, que sambistas no asfalto... fato...
Não tanto pela "plástica" da coisa... mas pelo empenho e pela trilha sonora muito mais audível...
Procurando um vídeo temático para colocar aqui... resolvi partir para o inusitado de agrupar um esporte de inverno numa "plataforma carnavalesca"...
O filme "Escorregando para a Glória"... dá conta exata disso...
Segue sinopse:
Na patinação no gelo em duplas o sucesso depende de uma mistura perfeita de força e sofisticação, coragem e arte, músculos e refinamento. O campeonato mundial do esporte costumava ocorrer em um universo elegante, até a explosão da rivalidade entre o astro Chazz Michael Michaels (Will Ferrell) e do garoto prodígio Jimmy MacElroy (Jon Heder). Chad e Jimmy já se enfrentaram em campeonatos anteriores, mas a rivalidade faz com que briguem em plena pista de patinação, o que faz com que o mascote seja incendiado. Como resultado, ambos são expulsos do esporte. Três anos e meio depois, ambos ainda não se adequaram fora do esporte. É quando eles decidem se reunir para realizar algo inédito: ser a 1ª dupla de homens da história da patinação no gelo.

Motivos alheios...

Motivo - Cecília Meireles

Eu canto porque o instante existe
e a minha vida está completa.
Não sou alegre nem sou triste:
sou poeta.
Irmão das coisas fugidias,
não sinto gozo nem tormento.
Atravesso noites e dias
no vento.
Se desmorono ou se edifico,
se permaneço ou me desfaço,
- não sei, não sei. Não sei se fico
ou passo.
Sei que canto. E a canção é tudo.
Tem sangue eterno e asa ritmada.
E um dia sei que estarei mudo:
- mais nada. 

Outro retrato... outra época... outras companhias...

Arte inicial de F.C. Steffen

Do extinto, mas levemente reformulado, 29/12/2004 13:45

Plágio escancarado do Auto-retrato do Graciliano Ramos...
Nasceu em 1892, em Quebrangulo, Alagoas
Nasceu em 1976, em São Paulo, SP
Casado duas vezes, tem sete filhos
Noiva duas vezes, namorada outras tantas, sem filhos no currículo
Altura 1,75
Altura 1,76
Sapato n. 41
Sapato n. 38
Colarinho n. 39
Colarinho n. 33 (acho!)
Prefere não andar
Prefere andar (eventualmente) a confiar em outros meios...
Não gosta de vizinhos
Ignora os vizinhos (desagradáveis) tanto quanto possível
Detesta rádio, telefone e campainhas
Pouco ouve rádio, atende campainha e telefonemas quando convém
Tem horror às pessoas que falam alto
Tem tanto horror às pessoas que falam alto, quanto às que não entendem do que falam
Usa óculos. Meio calvo
Prestes a usar (efetivamente) óculos. Tem mais cabelo do que já ousou desejar
Não tem preferência por nenhuma comida
Não viveria sem massas e frango
Não gosta de frutas nem de doces
Gosta de poucas frutas e de muitos doces
Indiferente à música
Ama a música, mas de um modo bem pessoal
Sua leitura predileta: a Bíblia
Sua leitura predileta: a do momento...
Escreveu Caetés com 34 anos de idade
Pretende escrever algo expressivo antes de atingir os 34 anos de idade (prazo vencendo!)
Não dá preferência a nenhum dos seus livros publicados
Nunca publicou nada (exceto uma monografia, uma poesia e um memorial), mas tem muitos “autores preferenciais”
Gosta de beber aguardente
Gosta de beber água gelada
É ateu. Indiferente à Academia
Teve formação católica. Sendo indiferente a muitos quesitos, não sabe mais em “que/quem” acreditar
Odeia a burguesia. Adora crianças
Acha burguesia um aspecto inevitável. Acaba gostando verdadeiramente de algumas crianças
Romancistas brasileiros que mais lhe agradam: Manoel Antônio de Almeida, Machado de Assis, José Lins do Rego e Rachel de Queiroz
Dentre os autores do romantismo (fases), cita: Gonçalves Dias, Álvares de Azevedo, Casimiro de Abreu, Castro Alves, José de Alencar
Gosta de palavrões escritos e falados
Gosta de proferir palavras e palavrões e disfarçá-los nas escritas
Deseja a morte do capitalismo
Teme a morte do capitalismo, de acordo com o próximo regime a ser adotado
Escreveu seus livros pela manhã
Acha que é pela madrugada que as idéias fluem melhor
Fuma cigarros Selma (três maços por dia)
Não fuma ativamente, só passivamente, de tudo
É inspetor de ensino, trabalha no Correio da Manhã
É docente, trabalha na Secretaria de Educação
Apesar de o acharem pessimista, discorda de tudo
Prefere a surpresa de ver seu pessimismo negado, do que seu otimismo aniquilado
Só tem cinco ternos de roupa, estragados
Não faz idéia de quantas peças de roupa tem, algumas nem usa
Refaz seus romances várias vezes
Tem má vontade em refazer o que for, vez ou outra recomeça
Esteve preso duas vezes
Nunca esteve presa, embora (vez ou outra) a vida lhe acorrente
É-lhe indiferente estar preso ou solto
Abomina prisões de quaisquer tipos
Escreve à mão
É fissurada num teclado
Seus maiores amigos: Capitão Lobo, Cubano, José Lins do Rego e José Olympio
Seus maiores amigos: exceto pela mãe, Jan, Carina, Eliane e Cream (e uns poucos prestes a integrar o primeiro grupo)... considera todos os outros como transitórios
Tem poucas dívidas
Tem intenções de controlar melhor a questão orcamentária
Quando prefeito de uma cidade do interior, soltava os presos para construírem estradas
Nunca foi nem será prefeita, mas é favorável ao ensinamento de ofícios e exigência de trabalho aos presos
Espera morrer com 57 anos
Espera sinceramente não passar dos 60 anos

sexta-feira, fevereiro 12, 2010

Letras que nos acompanharam...

Homem Primata

Desde os primórdios
Até hoje em dia
O homem ainda faz
O que o macaco fazia
Eu não trabalhava
Eu não sabia
Que o homem criava
E também destruía...
Homem Primata
Capitalismo Selvagem
Oh! Oh! Oh!...
Eu aprendi
A vida é um jogo
Cada um por si
E Deus contra todos
Você vai morrer
E não vai pr'o céu
É bom aprender
A vida é cruel...
(...)
E tantas outras letras!

Letrão...

Marvin
Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro
Era um grande coração
Ganhava a vida
Com muito suor
E mesmo assim
Não podia ser pior
Pouco dinheiro
Prá poder pagar
Todas as contas
E despesas do lar...
Mas Deus quis
Vê-lo no chão
Com as mãos
Levantadas pr'o céu
Implorando perdão
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"...
E três dias depois de morrer
Meu pai, eu queria saber
Mas não botava
Nem os pés na escola
Mamãe lembrava
Disso a toda hora...
E todo dia
Antes do sol sair
Eu trabalhava
Sem me distrair
As vezes acho que
Não vai dar pé
Eu queria fugir
Mas onde eu estiver
Eu sei muito bem
O que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro
Não me deixa esquecer
Ele disse:
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino
Eu sei de cor"...
-"E então um dia
Uma forte chuva veio
E acabou com o trabalho
De um ano inteiro
E aos treze anos
De idade eu sentia
Todo o peso do mundo
Em minhas costas
Eu queria jogar
Mas perdi a aposta"...
Trabalhava feito
Um burro nos campos
Só via carne
Se roubasse um frango
Meu pai cuidava
De toda a família
Sem perceber
Segui a mesma trilha
E toda noite minha mãe orava
Deus!
Era em nome da fome
Que eu roubava
Dez anos passaram
Cresceram meus irmãos
E os anjos levaram
Minha mãe pelas mãos
Chorei!
Meu pai disse:
"Boa sorte"
Com a mão no meu ombro
Em seu leito de morte
E disse:
"Marvin, agora é só você
E não vai adiantar
Chorar vai me fazer sofrer"
"Marvin, a vida é prá valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor"...
(Titãs)

Letra...

Eu Não Vou Dizer Nada (Além Do Que Estou Dizendo)

Eu não vou falar de amor
E nem vou falar do tempo
Eu não vou dizer nada
Além do que estou dizendo
Eu não vou dizer
O que realmente penso
Até mesmo porque
Não tenho nada a dizer
Eu não vou dizer
O que realmente sinto
Até mesmo porque
Não é o que eu quero fazer
Eu não vou falar de culpa
E nem de arrependimento
Mas só do que eu digo agora
E aqui neste momento
Eu não vou falar
De novo o que eu falei
Eu não vou falar
De mim nem de ninguém
Eu não vou falar
De coisas que eu não sei
E nem vou falar
Do que eu conheço bem
Eu não vou contar uma história
E nem vou dar explicação
Eu não vou falar de flores
E nem da televisão
Eu não vou falar de nada
Eu não vou falar de nada
E isso é só o que basta
Pra fazer esta canção
(Titãs)

Letrinha...

Estados Alterados Da Mente

Atitudes mecânicas
Movimentos involuntários
Estímulos elétricos, tempestades mentais
Choques térmicos, crises de melancolia
Choro compulsivo, riso histérico
Choro compulsivo, riso histérico
Choro compulsivo, riso histérico
Choro compulsivo, riso histérico
Euforia, vertigens
Estados alterados da mente
Devaneios, delírios, desvarios
Estados alterados da mente
Devaneios, delírios, desvarios
Estados alterados da mente
(Titãs)

Lá se vai meu Titã favorito...


quinta-feira, fevereiro 11, 2010

Que venham a mim... (rs)

É estranho como algumas pessoas que chegaram primeiro a algum lugar... não excetuando o fato que tenham começado certas jornadas bem antes... acham que as suposições que elas estabeleceram e as verdades que elas proclamam tenham mais validade do que as que induzimos ou deduzimos por nós mesmos...
Estava numa dessas reuniões com “todo tipo de hierarquia”... considerando produções escritas que seriam remetidas a apreciação e testes de um terceiro grupo de pessoas... quando eu, e uma das “mais escaladas” nos degraus hierárquicos (e nos temporais, idem!) entramos em conflito sobre um quesito registrado... e o argumento de validação dela foi:
“Mas minha querida... nos “meus estudos e leituras”....”
Pelamordedeusoquefoiissojesus...!?!
A minha queridíssima (e pq não?) esqueceu que não é o único ser no mundo que lê e estuda... e também deve ter ficado tão surpresa quanto eu ao meu ver retrucar...
Dentro de mim tinha um ser amordaçado... que sentia conforto no silêncio... mas gradativamente ele está emergindo... e deixando claro que não há mais porque calar quando a intenção é proclamar... ainda ontem... ele se indignou com o meu habitual “deixa pra lá”... e hoje... ele permaneceu atento... pronto para se sobrepor a qualquer vacilo... ainda observo (pasma!) os trapos de sua mordaça pelo chão...
Esse ser ainda surge com voz trêmula e coração palpitante... mas quando minha superiora imediata quis “me poupar” recentemente... ele me encorajou a dizer não (precisa)... e tanto esse ser que eu venho abrigando... quanto frustrações recentes em termos de certezas profissionais para o futuro... tem feito com que eu inspire a mais... tente mais... busque mais... queira mais...
E, só para concluir, tenho um panorama um pouco mais “aberto” dessa questão de “minhas leituras fundamentam”... em termos profissionais... ler/estudar os pesquisadores da sua área... pode embasar as suas produções nesse campo restrito... mas o que “forma para a vida”... é ler o que não é recomendado nas bibliografias montadas... é ler o que dá prazer... o que inspira... emociona... motiva... diverte... e até mesmo o que não se recomenda... pois quem é que disse que “gosto tem padrão”!?

Duas eras... uma (mesma e única) sensação...

A razão é ele!

Era fim de tarde
Ela estava sozinha, pensativa
Cansada de se reportar às mesmas pessoas
Lendo um site, nota um canal
Um meio de abordá-lo
Tenta... já que não vê mal algum nisso
Ele está do outro lado
E corresponde
Ela já o tinha visto
Um elemento notado, mas neutro na multidão
A conversa foi agradável
Elementos e semelhanças perceptíveis
Mesmo sem saber porque
Ela salvou o diálogo
E outros que se seguiram
E cada conversa era uma agradável surpresa
Mas por fatalidade e outros compromissos
Nem ousava imaginar coisa alguma
Novos encontros ocorreram
Até que eles finalmente conversaram
E pessoalmente, cada olhar, cada gesto,
Cada toque... era um diferencial
Sem saber como, nem porquê
Ela o queria
Mas relutou em admitir ou demonstrar
Chega o momento da separação
E tudo o que ela desejava
Era estar novamente com ele
Com aquele jeito ansioso
E contraditoriamente tranqüilizador
Ele fazia bem a ela
Logo ela sempre tão defensiva
E de repente, tudo perdeu a razão
Para que logo mais
A única razão de tudo fosse encontrada
E era ele!
(Maligna)

quarta-feira, fevereiro 10, 2010

Quando é bonito ser "falso"...

Bizarras... bizarras... bizarras... Um "tributo ao fake"...

Algumas pessoas passam tanto tempo usando máscaras ou "trabalhando" para corresponder a ideais que nem alimentamos... que chega um ponto que a coisa fica de tal forma patética... que perde-se até a tolerância de um convívio social mediano...
Como levar a sério um ser... que relata mentiras a todo momento (o pior nem é mentir, é subestimar a nossa inteligência!)... um ser que compete para fazer as mesmas coisas que nós... sem que nos tenhamos declarado oponentes!?
Alguém que tenta de tal forma ser "útil e agradável" que inventa pessoas e medidas para satisfazerem o nosso ego...
Não sei vocês... mas a minha época de "causar inveja ou ciúmes" com itens falsos já passou há uns 22 anos... fala sério... e vou dispender energia com o que eu posso conseguir... não em inventar tramas para manter as minhas fantasias!!!
O vídeo a seguir... embora tenham atribuído à Enya (falso, olha a voz!!!)... é da trilha do Gladiador... perfeita!!! Onde quem assistiu sabe... que mais realizado é aquele que vê objetivo em ser feliz com o que tem (excetuando aí uma "ambição saudável")!

Máscaras...

Máscara - Pitty (já usei essa letra em 03/11/2004 22:25)


Diga
quem você é, me diga
Me fale sobre sua estrada
Me conte sobre sua vida
Tira
A máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer...consciente ou inconseqüente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
mesmo que seja estranho,seja você
mesmo que seja bizarro,bizarro,bizarro
Tira,
a máscara que cobre o seu rosto
Se mostre e eu descubro se eu gosto
Do seu verdadeiro jeito de ser
Ninguém merece ser só mais um bonitinho
Nem transparecer...consciente ou inconseqüente
Sem se preocupar em ser adulto ou criança
O importante é ser você
mesmo que seja estranho,seja você
mesmo que seja bizarro.bizarro,bizarro
seja você mesmo que seja
Meu cabelo não é igual
a sua roupa não é igual
ao meu tamanho não é igual
ao seu caráter não é igual
não é igual,não é igual
I had enough of it, but I don't care I had enough of it, but I don't care
I had enough of it, but I don't care I had enough of it, but I dooon't
Diga
quem você é, me diga

me fale sobre sua estrada
me conte sobre sua vida
que o importante é ser você
mesmo que seja estranho
seja você
mesmo que seja bizarro,bizarro ,bizarro

terça-feira, fevereiro 09, 2010

Palavras sobre o onírico... de Maligna!

Acho incrível as coisas que fazemos quando nos encontramos em outros níveis de consciência... e mais incrível ainda... quando despertos e cientes... acabamos devaneando sobre algumas dessas coisas...
Hoje eu tive um momento deja vu, em parte atribuo o momento ao fato de ter ido dormir ainda com o Coisas Frágeis do Gaiman posicionado entre meus dedos... e mesmo já tendo avançado consideravelmente do conto Golias... fui me despedindo do meu estágio desperto com as seguintes inscrições em mente:

“Na realidade, caramba, eu estava lá e aquilo era real, então olhei para cima na escuridão e depois, como nada aconteceu, comecei a andar naquele mundo líquido, gritando para ver se havia mais alguém ali.” (...)
“E aí o mundo estremeceu e me vi indo para o trabalho de novo naquela manhã...” (...)
“Dei de ombros. Não sabia. Parecia uma boa explicação.” (...)
“Foi como nascer. Nem confortável, nem prazeroso.” (...)
“Eu vou morrer logo. Mas os últimos vinte minutos foram os melhores anos da minha vida.”

A parte restante, atribuo a um certo sentido que sempre tive, mas que teimo em ignorar... flertei com vários oráculos, antes de descartá-los... tenho um senso de oportunismo que chamo de “sorte”... sonho com coisas difusas que me dão, e sempre deram, uma noção do que vem pela frente... um exemplo disso, é que sempre que eu pensei em mudar de emprego... eu me via em situações paralelas as que acabo vivenciando... até em termos românticos, meus sonhos insistem em guiar meus passos... esses lampejos proféticos... não ocorrem sempre... e imagine a confusão quando desperto e percebo que, em sua maioria, o que me vem à mente, enquanto durmo, são tolices de uma criatividade insana...
Quando um sonho é bom... independentemente do contexto... me pego duelando com os minutos apontados pelo despertador... para ter a chance de perdurar num mar de sensações que serão esquecidas assim que meus pés tocarem o chão...
Conheço gente que não acorda com chamadas telefônicas insistentes... nem com um dedo alheio grudado na campainha ou interfone... nem se você lhe chacoalhar de leve mencionando o que for... eu acordo... até com meu celular vibrando ao longe... anteontem, minha operadora de telefonia teve a infeliz idéia de liberar uma mensagem às 5:04... e eu não só acordei... como fiquei encantada em ver que o motivo, era me alertar que só tenho cinco dias... antes que os créditos do meu plano sejam debitados e eu tenho que me precaver dispondo de um crédito que já consta por lá... como diria um amigo... fo-dás-ti-co!
Ontem... eu sonhei que meu celular tocou... era um sonho silencioso... mas eu vi o clarão da coisa... e acordei para atender...
Há dias... dormi com o celular em mãos... entregue às últimas palavras que lancei ao distinto... e talvez por dormir... pensando que ainda tinha coisas para dizer... sonhei que enviava mensagens ao mesmo... o aparelho deve ter se perdido de mim em algum momento... e como eu enviava as mensagens (?)... simples (!)... “brincando de Free Willy com o edredon”... tipo... tamborilava a mensagem com dedos pela manta acrílica... e levantava o braço para “lançar a manta à guiza de mensagem”... tipo “vá”! E meu corpo ía junto... girando de um lado ao outro, para permitir os lançamentos contínuos em sentidos repetidamente inversos...
Louca? Pode apostar! ... tinha uma certa consciência do ridículo, mas não parei... afinal ainda tinha muito o que dizer...
Talvez... não sejam os meus sonhos que tenham um quê premonitório... talvez alguém me sopre o que eu precise saber ou lembrar... pois todos os dias, entre as 4 e as 5:30... não importa o que o termostato marque... nem que eu sabia que a minha região atravessa o maior calor dos últimos 22 anos... ainda assim... todos os dias (desde sempre)... nesse horário eu (literalmente) tremo de frio... e sem despertar... simplesmente me envolvo no que estiver próximo... e aguardo...

Palavras oníricas... de Fernando Pessoa!

Tão ABSTRATA é a idéia do teu ser
Que me vem de te olhar, que, ao entreter
Os meus olhos nos teus, perco-os de vista,
E nada fica em meu olhar, e dista
Teu corpo do meu ver tão longemente,
E a idéia do teu ser fica tão rente
Ao meu pensar olhar-te, e ao saber-me
Sabendo que tu és, que, só por ter-me
Consciente de ti, nem a mim sinto.
E assim, neste ignorar-me e ver-te, minto
A ilusão da sensação, e sonho.
Não te vendo, nem vendo, nem sabendo
Que te vejo, ou sequer que sou, risonho
Do interior crepúsculo tristonho
Em que sinto que sonho o que me sinto vendo.

domingo, fevereiro 07, 2010

Amo essa música... e essa voz!!!

Li essa inscrição num dos perfis que visito eventualmente... e ainda que eu não me encontre num beco sem saída... antes o contrário... nunca antes estive tão tranquila em experimentar caminhos diferentes... e são muitos os que se abrem à minha frente... De qualquer forma, a Clarice sempre foi muito pontual em apontar seus próprios conflitos e em favorecer confirmação empática de quem os lê e os relaciona com as próprias incertezas...

Preciso sim... de paciência para fazer uma coisa por vez... mas nos outros aspectos... sinto que, de tanto pedir... recebi uma dose extra de paciência... como se a intolerância tão presente nos meus dias... tivesse aproveitado a minha distração para ir hibernar... tenho aprendido que, sendo as coisas que me incomodam nos outros, tão permanentes e imutáveis... só "me cabe" uma “apropriação”... um saber lidar com... um “encarar inevitavelmente” (como o calor que nos assola) visto que não depende de mim... já em relação as coisas que (me) incomodam em mim... tenho buscado meios reais de redimi-las e não parar no fatalismo de admitir-lhes a existência...

Tenho e preciso...


Tenho de ter paciência para não me perder dentro de mim: vivo me perdendo de vista.
Preciso ter paciência porque sou vários caminhos, inclusive o fatal beco sem saída.
(Clarice Lispector)

Quatro por quatro - Cameron Gray

segunda-feira, fevereiro 01, 2010

De outros tempos...

06/11/2004 13:33
Prosa ou verso!?
Escrevo tantos textos (científicos!!!) para a faculdade (ainda...)...que quando é por lazer... prefiro (preferia...) brincar de poetisa...Eis a minha contribuição ao concurso: (não participo mais de concursos literários... no dia em que eu me concentrar de fato... pretendo virar "cronista debochada"... caso falhe em pretendida incursão pela literatura infantil!)


Tantos preconceitos (Cristiane F.)
Há muitos pré-conceitos e preconceitos
Que estabelecemos sem razão
Diferenciando algum sujeito
Como um inferior cidadão

Se a cor da pele difere
Surge a intolerância e a aversão
Há quem um semelhante repele
Ao invés de tratá-lo como irmão

Seja na pele ou no sangue
De um pobre da periferia
Uns se submetem ao bangue-bangue
E outros instauram a supremacia

Aos deficientes físicos, simulamos indulgência
Desde que não nos atrapalhem a diária urgência
Não garantimos os direitos do deficiente trafegar
E as necessidades especiais acabam por nos irritar

Ver o doente e o mendigo incomoda
Afinal destoam de tudo o que é moda
A nossa futilidade impulsionando as diferenças
Abraçar o alienamento ainda é a maior pobreza

Indígenas que valorizam a própria cultura
São considerados primitivos e discriminados
Mentes fanáticas que idealizam alguma captura
Projetam extremistas que são aclamados

Toda crença deveria ser respeitada
A coexistência de religiões é possível
Contrariamente as pessoas são selecionadas
Na medida em que o status for plausível

Raças indevidamente consideradas superiores
Vidas perdidas nas mãos de ditadores
Tanta luta por igualdade e tantas dores
Nada justifica os antigos horrores

As opções sexuais apontadas com ojeriza
Os radicais agredindo sem motivo aparente
As tribos padronizadas para quem visualiza
Até andar na rua oferece perigo proeminente

Muitos vivem alardeando a democracia
Mas atitudes contrariam isso a cada dia
Se cada um alterasse os próprios conceitos
Talvez no futuro não se admitisse preconceitos

Registrando o primeiro dia...

Só para "não passar batido"... encontrei alunos hoje... recebi abraços... e aquele olhar que só quem recebe entende...
Sempre gratifica você perceber nos outros... uma ânsia de retorno... que nem sempre você sente...
Não tenho as mesmas ânsias... e os mesmos interesses (de dias passados)... mas os tenho... são mutáveis... como tudo o mais... que eu considere viável... nessa ciranda confusa de preferências... que eu venho estabelecendo em vida...
Ainda que os passos sejam outros...e os rumos divergentes... é sempre "seguro"... saber o que encontrar... ao retornar...