segunda-feira, outubro 31, 2011

Socialização furtiva II (idem e a minha predileta)!

Socialização furtiva I (lembrem-se que é do Blog do Balão)!

O dono dos traços...

A referida imagem me levou a esse blog!

E como o traçado me cativou (assim como a habilidade de rir de si, de situações e de cúmulos..)... e eu cometerei (ainda hoje) ao menos mais dois "roubos"... acredito que, tanto no canto direito da tirinha afanada (que meu layout corta, mas em sendo do interesse basta clicar sobre a imagem em questão), quanto no link bem aí na palavrinha blog... faço juz ao Fernando Balão (que apesar de proferido como se nossa relação fosse de foro - virtualmente - íntimo... é só mais uma coisa que afanei do blog dele - ou do perfil dele, para ser mais específica!).

Falando em cúmulos (já que tem os que presencio, os que fundamento e os que crio)... antes que alguém teime em achar que eu empreguei essa palavra erroneamente lá no meu primeiro post do dia, anota aí:

1. reunião de muitas coisas sobrepostas; amontoamento
2. acréscimo
3. o ponto mais alto; auge; máximo
4. o que é absurdo; o que excede aquilo que se pode admitir

(Viram só... altamente justificável no(s) meu(s) contexto(s)!)

Quem não desenha... "rouba"!

Já disse que sou viciada em HQs... né?!
Logo, sou uma dessas pessoas que atribuem boa parte da qualidade do que se escreve a quem ilustra (sabe aquela discussão literária onde os ilustradores também querem ser considerados autores da obra? Eu endosso!)...
Além de apreciadora de HQs (eventualmente intitulada de Nerd) e de volumes de outro porte... já declarei a minha sutil frustração por não pensar no óbvio antes de alguém que se proponha a redigir palavras que deliberem sobre o dito cujo (parafraseando a Natália do Adorável Psicose - Há uma série de não ditos no tocante ao tocante...)!
Então... como escritora sutilmente frustrada, eu apareço aqui algumas poucas vezes no ano e despejo o que me der na telha... mas como ser humano desprovido da capacidade de desenhar qualquer coisa que se imagine... só me resta cometer roubos (em minha defesa... sempre que sei quem é o autor, presto-lhe as devidas honras!).
Daí que procurando por uma imagem de quem comete "excessos com coisas"... minha pesquisa retornou essa aí:


O cúmulo do...

Hoje, fazendo uso da minha mal desenvolvida "leitura dinâmica" (aquela que me faz passar os olhos por tudo, sem atinar verdadeiramente com nada) na minha página de navegação inicial (tem muitos dias que não passo daí), notei relances de artigos voltados para o descontrole com gastos (atrelados a dicas fantásticas de como sair do vermelho!!!).
Eu sempre argumento em minha defesa que... se trabalho aguentando todo o fardo que aguento... se saio de casa diariamente aguentando todas as pessoas que aguento... e se invariavelmente até aguento sair de casa sem sequer reclamar... porque me privar do simples hábito de desperdiçar meus fundos na fonte que for?! Sem contar na adrenalina numérica (já estiveram num bingo?!)... naquela eterna ânsia de (mensalmente) estimar o que bate com o quê e quem leva os últimos trocados!
Mas esse(s) argumento(s) não derruba(m) um outro dilema... normalmente quando se direcionam gastos com elementos preferenciais... tende-se a acumulá-los além do que se considera saudável... anteontem, conversando com uma amiga, prometi que, assim que deixar minha casa com aparência de casa, seria a vez dela comparecer... isso fez com que o debate enveredasse para qual programa do Discovery Home Health eu teria que acionar para resolver os meus problemas... e aí é que está... ou eu ganho um dia de programação todo para mim... ou aprendo a usar outros argumentos de compensação e a buscar outras doses de adrenalina!

domingo, outubro 30, 2011

Pedaço de mim...


Pedaço de Mim (Chico Buarque)

Oh, pedaço de mim
Oh, metade afastada de mim
Leva o teu olhar
Que a saudade é o pior tormento
É pior do que o esquecimento
É pior do que se entrevar

Oh, pedaço de mim
Oh, metade exilada de mim
Leva os teus sinais
Que a saudade dói como um barco
Que aos poucos descreve um arco
E evita atracar no cais

Oh, pedaço de mim
Oh, metade arrancada de mim
Leva o vulto teu
Que a saudade é o revés de um parto
A saudade é arrumar o quarto
Do filho que já morreu

Oh, pedaço de mim
Oh, metade amputada de mim
Leva o que há de ti
Que a saudade dói latejada
É assim como uma fisgada
No membro que já perdi

Oh, pedaço de mim
Oh, metade adorada de mim
Leva os olhos meus
Que a saudade é o pior castigo
E eu não quero levar comigo
A mortalha do amor
Adeus

Mudando o cabeçalho...

Uma das coisas iniciadas foi finalmente estudar Letras... e cheguei a duas conclusões óbvias... uma, é que não sou a heroína mental que imaginava ser (ou seja, não TEM COMO dar conta de tudo ao mesmo tempo!) e a outra, é que ainda que não seja um projeto a engavetar, fazer certas análises linguísticas e se entravar em certos critérios históricos, sociais, gramaticais e ortográficos, não farão de mim uma escritora melhor... já que a graça do fluxo criativo (que - agora - eu acredito não estar no estudo acadêmico...) se perde nesses processos (e com a mente cheia com tudo isso - mais prazos, leituras cansativas e provas - sobra pouquíssimo tempo para "o deixar fluir")!

Embora o meu último cabeçalho retratasse bem o que eu sinto "ao me colocar aqui"... ainda que deixando claro que uma parte nunca ficará exposta... nem aqui nem em lugar algum... (já que não é saudável se deixar conhecer por inteiro)... há outras formas de declarar intenções... há outras imagens que justificam silenciosamente tais intenções... e acredito que o momento atual demande outra escolha de imagem!
A imagem atual... que é do artista Cameron Gray (já utilizada aqui em outro contexto) retrata bem esse meu momento de "autosaudade"!
Assim como a seguinte letra do Chico Buarque!

Saudade de mim...

A vida, e as variadas escolhas que se faz ao longo da mesma, acaba(m) redirecionado toda uma gama de vontades e planos inicialmente pensados...
As minhas escolhas me deixaram exausta... e por mais que eu tenha complexos diálogos internos de "deixa estar"... a minha vontade ferrenha de "chegar não sei onde", acaba levantando nova série de possibilidades!
O fato é que, volto aqui hoje, com coisas das quais desisti (não sem certa dose de frustração), coisas concluídas e coisas recentemente iniciadas...  e nesse turbilhão de coisas... há as coisas que eu não escolhi... mas que a vida, as pessoas, e as  obrigações cotidianas... colocaram nesse caminho de vontades caprichosas que venho trilhando... e a junção (inevitável) de todas as coisas... me afastou de uma das coisas das quais mais sinto falta... redigir uma parte de mim ao vento!
E é daí que vem a saudade de mim!