quinta-feira, abril 22, 2010

Lição de casa...

Nossa tutora solicitou que víssemos esse vídeo (da trilogia "Bourne") e fizessemos "escolhas precisas (e contadas!) de linguagem" para definir alguns aspectos...

Se interessar, veja o vídeo, não lhe caberá lição de casa... e a parte em que ele "desiste da namorada", é perfeita!

É curioso que ler tantas palavras... e ter que se expressar sempre com o contador em funcionamento... está modificando a minha forma de expressão... eu era muito mais fluente no discurso escrito (nunca fui muito no falado...rs) e agora estou ficando "mais sintética"... não sintática (o que seria o ideal do ponto de vista, escrever para terceiros!!!).

Eu não faço as minhas "escolhas precisas" conscientemente... mas tem gente que (sempre)menciona que esse "cuidado" desperta sensações agradáveis... e recentemente, um ser me disse, que meu jeito com as palavras era "conquistador"... então voltando no texto da Sonia... isso valida uns dos argumentos dela... e faz com que não exista nada de pretencioso nos "poderes" que ela atribuiu à Língua...

O uso da linguagem... preocupações e cuidados...

Um outro texto (sim, minha vida é construída de PDFs...rs) menciona os cuidados que devemos ter com a linguagem quando focamos num público desconhecido, na caso era para preparação de material para educação à distância (EaD), mas acho que cabe o recorte para blogueiros e afins... nosso "público", em grande parte, é desconhecido...
Os autores do texto (Ana Paula Abreu-Fialho e José Meyohas) consideram os pré-requisitos (que são conceitos e informações que os alunos precisam conhecer antes de começar a estudar uma aula). 
Como educadora, passei a vida ouvindo "devemos considerar os conhecimentos prévios" (era em relação aos alunos, mas cabe aos leitores)...
Há recursos, que ao serem utilizados, facilitam no entendimento do texto... com uma simples explicação, entre "sinais", desvenda-se um termo desconhecido...
Exemplificando: no primeiro post do dia, eu usei o termo dicotomia, e eu poderia ter usado esse recurso (para explicar a terminologia) - dicotomia - divisão em dois, oposição entre duas coisas - continuando...
Claro que o recurso facilita a leitura... mas os autores também apontam (o que mesmo parecendo óbvio nem sempre é) que nem tudo o que se escreve e será lido, admite "facilitação" (o termo é meu, não achei um mais apropriado!), nem tudo pode ser esclarecido com um recorte do tópico... caberá ao leitor (na maioria das vezes) sair em busca do que é primordial para que ele entenda o contexto...
No caso do meu blog... se você não me conhece bem e não entende o meu aspecto volúvel (culpa do signo!) e todas as minhas dualidades/complexidades... acredite... nem perca seu tempo em tentar desvendar nada... rs
Só uma coisa pode ser definida... embora alguns considerem que minha expressão metafórica torna a escrita um pouco mais formal... acho que os meus vícios (pontuação exagerada, aspas, rs...) tornam a narrativa "prá lá de coloquial" (ao menos por aqui, eu posso!)...

Não o que é... mas para que serve...

Para a comunicação entre as pessoas. Para a expressão das idéias e sentimentos das pessoas. Para a construção moral do mundo. Pretensioso demais o terceiro objetivo dessa “ferramenta”? A Língua, o idioma, é ferramenta que começamos a adquirir no primeiro ano de vida e que nos garante, no decorrer dela, conquistas tão distintas quanto diplomas e títulos, aprovações em concursos públicos, escrever e contar histórias, fazer inimigos e conquistar amores. (Sonia Rodrigues)

Língua...

(Se sentiram um "pendor erótico"... vou frustrá-los desde já...rs)

Sofro de uma "eterna dicotomia" entre a raiva de estudar e a necessidade do que estudar... o processo é penoso, mas acho essencial aos olhos (cérebro, ouvidos, coração...rs) coisas que encontro pelo caminho...

Um dos textos, que abordava aspectos de motivação para os alunos... começava com a bizarra citação a la Tim Maia... "Me dê motivos..." e basicamente é o que impele essa minha busca insana pelo que nem eu sei bem o que é... acho que, em parte, quero me exaurir... me tornar tão ocupada que nada o que eu considere "dispendioso"... "complicado"... "tedioso"... possa ter lugar na minha mente... já que meus pensamentos estão ocupados com "todas as outras coisas escritas e lidas"!

Um dos textos recentes (da Sonia Rodrigues) traz a definição do que é língua/linguagem em termos oficiais e nos termos dela (ótimos) e vou compartilhá-los (respectivamente e em posts distintos):

Língua é o sistema de comunicação e expressão de um povo, nação, país, etc., que permite a expressão e comunicação de pensamentos, desejos, emoções.
(Dicionário Caldas Aulete, Editora Nova Fronteira)

Linguagem é qualquer conjunto de símbolos usados para codificar ou decodificadados, é qualquer sistema de sinais ou signos, através dos quais dois ou mais seres se comunicam entre si para transmitir e receber informações, avisos, expressões deemoção ou sentimento.
(Idem)

terça-feira, abril 13, 2010

Cantiga para não morrer (Ferreira Gullar)

Quando você for se embora,
moça branca como a neve,
me leve.

Se acaso você não possa
me carregar pela mão,
menina branca de neve,
me leve no coração.

Se no coração não possa
por acaso me levar,
moça de sonho e de neve,
me leve no seu lembrar.

E se aí também não possa
por tanta coisa que leve
já viva em seu pensamento,
menina branca de neve,
me leve no esquecimento.

Metade (Ferreira Gullar)

Que a força do medo que eu tenho,
não me impeça de ver o que anseio.

Que a morte de tudo o que acredito
não me tape os ouvidos e a boca.

Porque metade de mim é o que eu grito,
mas a outra metade é silêncio...

Que a música que eu ouço ao longe,
seja linda, ainda que triste...

Que a mulher que eu amo
seja para sempre amada
mesmo que distante.

Porque metade de mim é partida,
mas a outra metade é saudade.

Que as palavras que eu falo
não sejam ouvidas como prece
e nem repetidas com fervor,
apenas respeitadas,
como a única coisa que resta
a um homem inundado de sentimentos.

Porque metade de mim é o que ouço,
mas a outra metade é o que calo.

Que essa minha vontade de ir embora
se transforme na calma e na paz
que eu mereço.

E que essa tensão
que me corrói por dentro
seja um dia recompensada.

Porque metade de mim é o que eu penso,
mas a outra metade é um vulcão.

Que o medo da solidão se afaste
e que o convívio comigo mesmo
se torne ao menos suportável.

Que o espelho reflita em meu rosto,
um doce sorriso,
que me lembro ter dado na infância.

Porque metade de mim
é a lembrança do que fui,
a outra metade eu não sei.

Que não seja preciso
mais do que uma simples alegria
para me fazer aquietar o espírito.

E que o teu silêncio
me fale cada vez mais.

Porque metade de mim
é abrigo, mas a outra metade é cansaço.

Que a arte nos aponte uma resposta,
mesmo que ela não saiba.

E que ninguém a tente complicar
porque é preciso simplicidade
para fazê-la florescer.

Porque metade de mim é platéia
e a outra metade é canção.

E que a minha loucura seja perdoada.
Porque metade de mim é amor,
e a outra metade...
também!

Palavras alheias...

A recente menção à Shakira me fez lembrar de letras e versões que usei para justificar momentos passados... e como a nossa vída é cíclica nas proposições interativas que vamos assumindo... muitas vezes as palavras empregadas por terceiros e usadas em momentos passados... se fazem ansiosamente justificáveis no presente... talvez menos pela validação argumentativa e mais porque tenhamos retido as ditas na memória...
Uma coisa é definitiva... ajudou quem as formulou num primeiro momento... ajudou muitos outros em processos aleatórios... é provável que ajude agora...
E mesmo que não sirva de nada... servirá para mera apreciação artística (vou sempre reverenciar quem usa as palavras de forma tão fluída)!

domingo, abril 11, 2010

Outro recorte...

Mas sei que estarei bem
Os gatos como eu
Caem de pé...

Não quero jogar minha sorte por ti
Não posso com pouca fé viver
Logo estarei daqui
Muito, muito longe...

Não quero deixá-lo todo ao azar (acaso)
Entendo que comecei a estorvar
Logo estarei de ti
Muito, muito longe...

Outra música...

Um recorte...

Essa música é do meu álbum preferido, e já visitou até o blog extinto...

Se me acaba o argumento e a metodologia
Cada vez que aparece em frente a mim, sua anatomia
Porque este amor já não entende
De conselhos, nem razões
Se alimenta de pretextos...

A letra...

Ciega, Sordomuda

Shakira

Se me acaba el argumento y la metodología
Cada vez que se aparece frente a mí tu anatomía
Por que este amor ya no entiende
De consejos, ni razones
Se alimenta de pretextos y le faltan pantalones
Este amor no me permite
Estar en pie
Porque ya hasta me ha quebrado
Los talones
Aunque me levante volveré a caer
Si te acercas nada es útil para esta inútil
Bruta, ciega, sordomuda
Torpe, traste, testaruda
Es todo lo que he sido, por ti me he convertido
En una cosa que no hace otra cosa más que amarte
Pienso en ti día y noche y no sé como olvidarte
Cuántas veces he intentado enterrarte en mi memória
Y aunque diga ya no más es otra vez la misma história
Por que este amor siempre sabe hacerme respirar profundo
Ya me trale por la izquierda y de pelea con el mundo
Si pudiera exorcizarme de tu voz
Si pudiera escaparme de tu nombre
Si pudiera arrancarme el corazón
Y esconderme para no sentirme nuevamente
Bruta, ciega, sordomuda
Torpe, traste, testaruda
Es todo lo que he sido, por ti me he convertido
En una cosa que no hace otra cosa más que amarte
Pienso en ti día y noche y no sé como olvidarte
Ojerosa, fraca, fea, desgreñada,
Torpe, tonta, lenta, nécia, desquiciada
Completamente descontrolada
Tú te das cuenta y no me dices nada
Ves se me ha vuelto la cabeza un nido
Dónde solamente tu tienes asilo
Y no me escuchas lo que te digo
Mira bien lo que vas a hacer conmigo
Bruta, ciega, sordomuda
Torpe, traste, testaruda
Es todo lo que he sido, por ti me he convertido
En una cosa que no hace otra cosa más que amarte
Pienso en ti día y noche y no sé como olvidarte
(Composição: Shakira Mebarak)

Uma das minhas preferidas...

Tá péssimo... mas "ilustra"!

Pelos ouvidos...

Eu tenho uma "coisa" com músicas latinas, elas grudam no meu cérebro... gosto da maneira como eles pronunciam as palavras (acho que, se um cara horrendo, vier por trás e falar "muchedumbre" - amo essa palavra, mas não o "conceito"! - perto do meu ouvido, ganha na hora! rs)... 
E gosto mais ainda quando "tentam cantar no nosso idioma"... à partir dessa semana a Fox estréia a série Kdabra com música tema do Christopher Uckermann (ex Rebelde)... e não "gosto dele", mas todo dia quando eu fico distraída... vem na minha mente a música em questão (e já consta nas duas versões, a deles, e a nossa!)...
Numa analogia inversa é essa proeza  que o "Latino" (acho que ele escolheu bem o nome) consegue (pois até hoje Festa no Apê é um marco da distração mental!).
Enfim... Kdabra tem um visual bem "Maligna" e já ouvi sons melhores no comercial (que sem letra, não grudaram no meu cérebro...), mas... o post de hoje é dedicado a esse "recorte" e a uma das figuras latinas que invade meus ouvidos com mais frequência!

Só para ouvir II...

Só para ouvir I...

Lei it be...

Sou “cria dos Beatles”, ou de um ser ouvinte... todas as coleções possíveis e imagináveis... em todos os formatos... já passaram por nós... e gosto de muuuitas, só que mesmo Let it be estando longe de ser a canção (com a letra em perspectiva), que eu mais gosto... gosto da premissa: “Deixa estar” (que adotarei no texto abaixo)...

Se alguém com quem tem que conviver
Tiver o dom (permanente) de te irritar
Deixa estar

Se estagnarem na sua frente
E intencionalmente brecarem seu caminhar
Deixa estar

Se um passo em falso
Ou qualquer percalço, incomodar
Deixa estar

Se algo que a priori pensava gostar
E contrariamente, acaba por detestar
Deixa estar

Se estranhos se incomodam
Em seu mundo e seu jeito tentar mudar
Deixa estar

Se já não sente tanto entusiasmo
E perdeu aquele brilho no olhar
Deixa estar

Se tiver que deixar as certezas de lado
E admitir que pode se enganar
Deixa estar

Se alguém que lhe era caro
Fizer algo para te derrubar
Deixa estar

Se tudo o que faz é desconsiderado
E terceiros só souberem “tirar”
Deixa estar

Se as marcas negativas do presente
Ainda não teve como superar
Deixa estar

Se alguém se intrometer “desconstrutivamente”
Na sua forma da (própria) vida levar
Deixa estar

Se sentimentos confusos e controversos
E possíveis lágrimas, você tiver que suplantar
Deixa estar

Se durante um longo período
Lidar mais com o perder, que com o ganhar
Deixa estar

Deixa estar, que numa hora... isso tudo (e o que mais pintar) o tempo vai (ajudar a) ignorar, moderar, consertar, repudiar, dissipar, derrotar, rechaçar, enjeitar, rejeitar,  abandonar, desamparar, curar e qualquer outro “ar” que se imagine...rs!!!

sábado, abril 10, 2010

Trilha recente...

De 3 em 3...

Acredito que os mesmos aspectos que me definem, tornem perceptível que eu não sou um ser de “dois pesos e duas medidas”... e mesmo que me tirem da estrada... vai levar “um tiro” para eu reorientar os meus sentidos de localização (se eu estiver me guiando a pé, é claro...rs)...
Os mesmos três meses que guiaram minhas relações pessoais, guiaram as profissionais... e levou só esse tempo para eu decidir o que eu quero para os próximos 3 anos... rs
Quais as pessoas que eu levaria comigo nesse trajeto, e quais deixaria para trás sem nem pestanejar...
Quem me elogia porque nota que eu vou atrás com afinco... e quem elogia com um brilho indisfarçado de “pontos mesquinhos” no olhar...
O que eu tenho que fazer para ser mais... e o que terei que descartar porque não me torna menos, mas também não tem mais utilidade...
Em quaisquer aspectos, só penso agora... no que me reservam os próximos três meses...rs

O pacote “Maligna”...

Contrariamente ao meu nick... é bem fácil conviver comigo (se eu for com a sua fuça!):
Eu não minto;
Não iludo;
Não trapaceio;
Não prometo o que não pretendo dar;
Não dou o que não quero;
Não peço mais do que querem me dar;
Não faço exigências absurdas;
Comento meus desagrados e intenções;
Faço o possível para “ouvir” os alheios;
Sou desencanada com uma série de questões;
As que me encanam tento suplantar;
Não forço a barra (mas também não quero ninguém “pendurado” na minha);
Não invejo;
Tenho foco (sou centrada);
Vou atrás dos meus objetivos (pelos meus méritos);
Tenho um certo senso de humor;
Apesar de "metafórica" (com um mínimo de inteligência você me desvenda...rs);
E o mínimo que tenho vai desvendá-lo, sem você precisar fazer força em se abrir!
E por aí vai...

Um pacote de feijão...

Devem ter achado o título bem inusitado... e já aviso... nada aqui será lido (hoje), que se relacione a tópicos gastronômicos...
A relação entre o item do título e meu post... é puramente temporal!
Quem me conhece bem... sabe que adoro ir ao mercado... uma vez lá dentro, compro coisas que fatalmente serão perdidas por falta de consumo domiciliar...
E dentre tais, se encontra o tal pacote de feijão... que hoje, ao ouvir “minha vizinha” comentando que estava sem, imediatamente fui em seu auxílio, antes doar do que jogar fora, não é?!
Daí, ao pegar o pacote, observei a data de validade: válido até 28/04... e lembrei que adquiri o mesmo em janeiro (o produto tem duração média de 3 meses... pois segundo ela, “preteja”... e segundo minha concepção... "muita coisa preteja")!
E lembrei de outras coisas que começaram em janeiro, e que tiveram o mesmo período de validade... e considerando tudo o que foi válido (muitas coisas) e inválido (felizmente poucas!) no período... tive um baque ao constatar que só se passaram 3 meses...
Às vezes, nos perdemos no caminho, e atribuímos significados amplificados para uma série de quesitos que nos alegram e/ou nos perturbam... há tempos idos... eu teria dado muito mais importância a todos eles... deve ser um sinal de amadurecimento (não de envelhecimento...rs)... se bem que, sendo justa... não me falta maturidade desde os 11 anos... aproximadamente!
Entre os significados amplificados, há os que contém apenas verdades... e há os que são inspirados por falsos princípios...
Me perdoe Blog,
porque eu pequei... 
tem 13 dias que não
me confesso!