Desde os primórdios... até hoje em dia (olha o plágio aí gente...rs) somos movidos pela carência...
Eu tenho um certo "jeito desapegado" nesse jogo duplo que denominamos “relação” (e/de posse) e em todas as suas variáveis...
Muita gente já se mostrou chocada ou se declarou descrente... quando eu mencionei que o melhor jeito de gostar (e ser gostada) é o livre e sem cobranças...
Não entenda com o meu argumento (talvez como eles tenham entendido!) a questão de “amor livre”... tenho um certo desprezo por pessoas comprometidas em graus mais definitivos e que acham que podem fazer “tudo o que der na veneta”... e uma vez envolvida com alguém... não tenho cabeça nem corpo... para sair pulando de galho em galho... e talvez... por esse padrão comportamental tão “claro”... considero que eu possa dar (e receber) uma boa dose de liberdade e (respectivamente) de segurança para a pessoa...
Reconheço que alguns dos que receberam a minha "dose de liberdade", confundiram com desinteresse... o que facilitou o surgimento de um fator cada vez mais constante nas dinâmicas relacionais... a “carência”... e é a carência, na minha opinião, que instaura uma série de outras neuras... como possessividade... ciúmes exagerado... desconfiança... temores infundados... e por aí afora...
Veja bem... eu já fui atacada por algumas dessas neuras... mas muito mais em momentos de alterações hormonais do que por padrões comportamentais... e depois que “as crises passam”... tudo me parece tão ridículo e infundado... que a “raiva de minha reação” consegue superar o que quer que eu tenha sentido (e demonstrado)... Por ter isso claro... eu procuro domar esses tipos de reações, quando elas teimam em aparecer... porque elas não passam de “lampejos”... e não merecem muito da minha atenção... ou da atenção da pessoa com a qual me relaciono..
Fomos condicionados a achar que “precisamos” de alguém para “estarmos” felizes... e todo o intervalo do tipo: desfrute da vida e de si... nos parece um tanto vago...
Quando amo (e sou amada)... em qualquer contexto... admito “precisar dele”... mas não é um precisar do tipo “minha vida depende disso”... é um precisar do tipo “desfrutar momentos agradáveis juntos”...
E ainda que eu anseie pela “companhia dele”... não creio que eu precise monopolizá-la... até porque há uma série de coisas que os nossos distintos podem gostar de fazer... e nós não... e vice-versa...
Então prefiro que ele vá sozinho e feliz... do que me (man)tendo contrariada ao seu lado... porque se tem algo que aprendi em TODAS as minhas relações... é que não vale a pena “fazer esforço demais”... ou se ama a pessoa pelo que ela é (e se é amado com a mesma aceitação)... respeitando-se as diferenças sem submeter-se a tudo... e permitindo que ela tenha uma vida “além da nossa”... ou fica-se sozinho!
Isso é “definitivo” para mim!
Eventualmente pessoas do meu passado (e aposto que do seu!) surgem no cenário... com aquele velho papo... “vulgo: hoje vale a pena apostar tudo”... muito xaveco... muitas saudades “implícitas”... muitos elogios gratuitos... e um só objetivo... (porque) basta a situação atual ficar um pouco instável... e parte-se em busca de “qualquer um para chamar de seu”... mesmo que o resultado seja tão contraproducente quanto nas vezes anteriores... Olha a bendita (c.) aí de novo...
Recentemente conversei com um conhecido e afirmei que pensava (e ainda penso!) que, em geral, os homens são mais carentes... ele afirmou que, talvez exceto por mim, dentre as que ele conhecia, as mulheres eram mais carentes... é engraçado... talvez sejamos (todos!) igualmente carentes... (mas só percebemos as manifestações alheias...) e mais provavelmente ainda... talvez esteja na hora de (todos!) dependermos menos e desfrutarmos mais (de tudo!)...
Nas minhas andanças e considerações... duas coisas ficaram claras... uma é que jamais impediremos “vontades alheias”... e outra é que mostrar mais apego que o necessário não garante a permanência da pessoa ao nosso lado!!!
(E se para você(s)... eu estiver tão errada assim... convença(m)-me!!!)
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