quarta-feira, dezembro 31, 2008

A que eu mais ouvi em 2008!


Golden Years - David Bowie
Ei-la!

Eu te desejo não parar tão cedo
Pois toda idade tem prazer e medo


E com os que erram feio e bastante
Que você consiga ser tolerante


Quando você ficar triste
Que seja por um dia, e não o ano inteiro


E que você descubra que rir é bom,
mas que rir de tudo é desespero


Desejo que você tenha a quem amar
E quando estiver bem cansado
Ainda exista amor pra recomeçar


Pra recomeçar

Eu te desejo, muitos amigos
Mas que em um você possa confiar


E que tenha até inimigos
Pra você não deixar de duvidar


(...)

Eu desejo que você ganhe dinheiro
Pois é preciso viver também


E que você diga a ele, pelo menos uma vez,
Quem é mesmo o dono de quem


(...) Pra recomeçar...
É isso... mais um que acaba... mais um que se inicia...


Dada a minha situação recente... tem muita gente me rondando e incentivando... e tanto pessoalmente... quanto abstratamente (outros canais) o conselho é sempre o mesmo:


Primeiro você!


Dando uma passada pelo orkut da Ana, para trocas de votos a longo prazo... ouvi a música "Amor pra recomeçar" - Frejat... e ainda que não seja totalmente o meu estilo... reparei na letra... e embora eu (ainda) não esteja procurando nenhum amor... pra recomeçar (ou qualquer outro verbo infinitivo que eu possa imaginar)...
Acho que tudo o que se espera... para si ou para alguém significativo, a letra expressa!


Que no próximo ano... o desejado esteja lá... mas que o inesperado também se faça presente!

terça-feira, dezembro 30, 2008

Como está o seu humor hoje?

Certas coisas...

Não existiria som
Se não houvesse o silêncio
Não haveria luz
Se não fosse a escuridão
A vida é mesmo assim,
Dia e noite, não e sim...
(...)
Como quem ouve uma sinfonia
De silêncios e de luz.
Nós somos medo e desejo,
E somos feitos de silêncio e som,
Tem certas coisas que eu não sei dizer...

(LL Santos)
Não – a palavra mais efetiva do nosso vocabulário...

É comum algumas pessoas se gabarem das primeiras palavras dos seus filhos... que podem se diferenciar por uma vivência ou outra... mas que não importam muito no decorrer dos anos, já que, durante toooooda a vida, a palavra que esse indivíduo mais vá proferir, será NÃO.

Talvez você ainda não tenha pensado nisso... mas se pensar... terá que admitir que estou certa!
Frases positivas não precisam do SIM para serem positivas...
Já as negativas precisam do NÃO (mesmo considerando possíveis sinônimos)...

Quer ver?
Vc aceita blá blá blá? Aceito
Vc quer blá blá blá? Quero
Vc concorda com blá blá blá? Concordo...
Se você fosse contra qualquer uma dessas (ou de outras) proposições, precisaria de um NÃO.

Basta um simples corte diagnonal em qualquer imagem... e a sua primeira leitura é... não!

Se você pesquisar letras de músicas, nomes de filmes, títulos de artigos, o que seja... verá que são Nãos e mais Nãos... e quase nada de Sims...
Até a Xuxa, na sua sapiência infinita, eternizou uma música em que para cada coisa perguntada... e resposta era... EU NÃO!

Existe uma brincadeira onde você é proibido... de repetir 3 vezes a palavra Não... porque quem elabora as perguntas quer te pegar... e sabe, que você precisará de um maior arsenal de nãos... ou pelo menos, de um vocabulário bem mais amplo...

Obs1: O mais sinistro... é que não importa quantos nãos você tenha dito... se alguém estivesse contabilizando ,saberia que eu disse muito mais...

Obs2: Tem gente que ainda acha que quando você diz não, na verdade você queria dizer outra coisa...

Obs3: Não, também é considerado uma partícula de realce - tipo: O que não se faz por... (sei lá, dinheiro).

segunda-feira, dezembro 29, 2008


Across the Universe - 6 Cycle Mind

Across the universe...

Mesmo que você... diferentemente de mim... não tenha crescido ao som dos Beatles por insistente influência paterna... não tem como assistir ao filme acima citado e não "relembrar" todas as canções...
Independentemente das músicas... o filme tem um visual maravilhoso!
E a que o intitula sempre foi uma das minhas preferidas...

Palavras flutuam
como uma chuva sem fim
dentro de um copo de papel
Elas se mexem selvagemente
enquanto deslizam pelo universo
Um monte de mágoas,
um punhado de alegrias
estão passando por minha mente
Me possuindo e acariciando
Nada vai mudar meu mundo...
Imagens de luzes quebradas
que dançam na minha frente
como milhões de olhos
Elas me chamam para
ir pelo universo
Pensamentos se movem
como um vento incansável
dentro de uma caixa de correio
Eles tropeçam cegamente
enquanto fazem seu caminho
pelo universo
Nada vai mudar meu mundo...
Sons de risos,
sombras de amor
estão tocando meus ouvidos abertos
Me excitando e convidando
Um amor incondicional
sem limites
que brilha em minha volta
como milhões de sóis
E me chamam para
ir pelo universo
Nada vai mudar meu mundo...

Meio cheia... Meio vazia...

Temos uma maneira resistente de encarar algumas coisas... nos preocupamos com padrões... e eles acabam sutilmente policiando as nossas ações... um velho conhecido dizia:

"Que culpa tenho eu,
se tudo que eu gosto
é ilegal,
é imoral
ou engorda?!"

Também não existe um meio termo entre otimistas e pessimistas... nem conheço uma palavra para designar os da "banda do meio"... o que nos leva a outro lugar comum... sua garrafa (ou copo) está meio cheia(o) ou meio vazia(o)?

Num diálogo a la Woody Allen (roteirista de Scoop - O grande furo)
Uma garota diz algo como:
Cara, é impressionante, você vê a sua garrafa sempre meio vazia...
E ele responde:
Isso não é verdade... eu sempre vejo a minha garrafa meio cheia... só que de veneno!

domingo, dezembro 28, 2008

Elementos do medo em Coraline com outros recursos (achei ótimo!)...

Trailer de Coraline (3D)...

Elementos do medo...

A maioria dos autores escrevem como forma de entreter o seu público, pelo menos é a alegação mais constante... mas SEMPRE tem alguém que vai ler procurando analisar o que foi escrito... caçando os elementos metafóricos...

No filme, uma universitária, cita os elementos do medo por trás da história da porta no chão...

O desaparecimento de crianças, limites proibitivos, o embranquecer dos cabelos (envelhecimento)... e comenta que a porta é o "local de saída" do útero para a vida...

O filme, é essencialmente sobre a morte e a forma como lidamos com ela... pode-se morrer figurativamente (por mera desistência, por não saber encarar os aspectos da vida frontalmente...)... e sob o chão, deve significar a morte em seu elemento.

Coraline, que foi citado aqui recentemente, também tem os seus elementos de medo baseado em "portas", em atravessar para uma realidade paralela... um local onde tudo pareça melhor... mas onde, para permanecer, você deva abrir mão do que era ou conhecia como verdadeiro, até então...
The door in the floor...

Havia um garotinho que não sabia se queria nascer.
A mãe dele também não sabia se queria que nascesse.
Moravam numa cabana no bosque, numa ilha em um lago.
E não havia ninguém por lá.
Na cabana, tinha uma porta no chão.
O garotinho tinha medo do que havia debaixo da porta no chão.
E a mãe dele também tinha medo.
Certa vez, outras crianças foram visitar a cabana no Natal.
As crianças tinham aberto a porta no chão e desaparecido pelo buraco.
A mãe tentou procurar as crianças.
Mas, ao abrir a porta no chão, ouviu um ruído tão horrível que o cabelo dela ficou todo branco, como o de um fantasma.
E a mãe também viu certas coisas.
Coisas tão horríveis que não dá para imaginar.
Então a mãe ficou imaginando se queria um garotinho por causa do que podia haver debaixo da porta no chão.
E então, ela pensou: "Por que não? Só direi a ele para não abrir a porta no chão".
Mas o garotinho ainda não sabia se queria nascer em um mundo onde havia uma porta no chão.
Mas havia coisas lindas no bosque, na ilha e no lago.
Ele pensou: "Por que não arriscar?"
E então, o garotinho nasceu e foi feliz.
E a mãe dele voltou a ser feliz.
Embora dissesse ao garoto, ao menos uma vez por dia:
"Nunca, jamais, mas nunca mesmo, abra a porta no chão".
Mas, naturalmente, ele era apenas um garotinho.
Se você fosse o garotinho ia querer abrir a porta no chão?

(Do filme Provocação, baseado no livro A widow for one year - John Irving)

sábado, dezembro 27, 2008


Contos de fadas são a pura verdade:
não porque nos contam que os dragões existem,
mas porque nos contam que eles podem ser vencidos.
(G. K. Chesterton - citação inicial de Coraline - Neil Gaiman)

Você é o que você lê!

Essa é uma expressão recorrente... e embora eu não creia que isso forme o todo da nossa personalidade, acho sim, que molda uma boa parte...

Quem está, como eu, vivenciando a terceira década de vida, lembra que a leitura não era algo incentivado nas escolas, era algo imposto, sem escolhas e com cobranças... bem diferente das propostas de leitura que são oportunizadas aos alunos hoje em dia...

Algumas pessoas da nossa geração, acabaram virando leitores por iniciativa própria, e isso significava ter que ler coisas que nem sempre eram para a nossa faixa etária... porque o que era considerado "direcionado", não tinha lá muita graça!

Os programas atuais de leitura se preocupam com a idade, mas muito mais com a variedade e dentro do que é selecionado, quase nada é proibido, eles consideram que as crianças devam ter possibilidades além do que é esperado... e é excelente... porque nada é finito!

Nomes como Will Eisner e Neil Gaiman (Os lobos dentro das paredes, mas não perdi as esperanças de ver Coraline nas prateleiras escolares... pois mais do que isso, eu não creio que eles permitam!) figuram entre as opções dos pequenos... e não vou dizer que eu escolho para ler para os meus alunos, só o que eu penso que me caracteriza até aqui... leio de tudo para eles... mas ocasionalmente sou bem tendenciosa... gostaria que eles fossem além... transpusessem os muros que me barraram...

Como boa aficionada por trilhas sonoras...


Supermassive Black Hole - Muse

Elementos para o sucesso literário...

Finalmente fui ver Crepúsculo... e é claro que mesmo sendo bonzinho, perde pro livro... é fantástico como isso sempre acontece, e embora a sétima arte seja um ótimo entretenimento, quem vai mais ao cinema do que à livraria, acaba sempre perdendo algo.

Não dá para deixar de verificar os elementos que fazem sucesso: tem sempre o frágil oprimido, o quase invencível para antagonizar, um quê de mitologia, paisagens bem escolhidas, um romance central pairando e uns tantos paralelos, personagens complementares carismáticos, algo para você torcer, algo para você temer, identificação com sentimentos reais, diálogos complexos, enredo bem amarrado...

Posso ter esquecido algo, mas a questão é... se parece tão fácil porque não é?

quarta-feira, dezembro 24, 2008


Minha canção natalina...

O Natal chegou
Veja que alegria
É dia de estar
Perto da família

Há tanta esperança
Dura todo o dia
E depois que passa
Volta a hipocrisia

Se eu receber
Um belo cartão
E te responder
Sem te dar sermão

Pode acreditar
Que eu fui sincera
E que sempre levo
A amizade "à vera"

Posso até fingir
Não ser só comércio
E que todo mundo
Leva a data a sério

Tem gente achando
Que basta rezar
Para que seus erros
Deixem de contar

Se você acredita
Que não é assim
Não venha com argumentos
Pra cima de mim

Eu já fui criança
Quis comemorar
Mas depois de adulta
Deixa de importar...

Quanto tempo o tempo tem?

O tempo é algo curioso... dependendo do que temos pela frente ele pode se estender interminavelmente ou se findar instantaneamente...
Dizem que ele cura todas as feridas... e passamos um bom "tempo" (ah!) perseguindo-o ou esperando que ele converta as situações e fatos nas proporções que nos pareçam corretas.
Não tem como negar... voou!

O tempo perguntou pro tempo
quanto tempo o tempo tem.
O tempo respondeu pro tempo
que o tempo tem tanto tempo
quanto tempo o tempo tem.

domingo, dezembro 21, 2008

Carnivale!

Ghost Whisperer...

Tem uma coisa que me desagradou MESMO... só para não parecer que meus julgamentos sejam sempre tão imparciais... a abertura...

Música padrão... composição de sempre... boas justificativas para as escolhas... idéias coerentes... trabalho bacana da Maggie Taylor (responsável pelas imagens antes da aplicação de efeitos)... preocupação dos responsáveis em fazer algo representativo... mas NÃO DEU!

Acho que depois de Carnivale (a melhor!) e Roma (a segunda melhor!) ninguém mais "me ganha"!

Livre arbítrio ll

Como estou na fase dando tratos ao que eu não faria ou até ignoraria... Fui até a locadora, estiquei os meus longos braços brancos e loquei Ghost Whisperer...

Por que eu não devia fazer esse tipo de coisa? Simples, porque depois que eu dou uma chance para algumas coisas, eu nunca acho que elas sejam tão ruins quanto tenham me alertado a princípio... tipo, eu nunca vou achar aquela sua vizinha feia, feia como você acha... acho que, em termos gerais minha criticidade nunca é bem direcionada... claro que existem coisas que eu realmente goste... ou não... mas na média, eu fico naquela... "tá bom, eu até que gostei"...

(Suspiro!) Voltando ao título do post... num dos episódios da primeira temporada (pera lá, acabei de começar) o casal de protagonistas se vê numa das ciladas "por que a vida é assim?"... e acabam surgindo aqueles questionamentos que sempre fazemos e para os quais jamais obteremos respostas...

A mulher faz rabanada pro marido (como agrado matutino)
Ele se esbalda e perde a hora
Perdendo a hora, não faz a checagem dos pneus
O marido, que é paramédico, recebe ocorrência de um acidente
Enquanto leva o paciente ao hospital o pneu estoura
Novo acidente... só que o paciente inicial morre
No hospital, a mulher do paramédico (que se comunica com mortos) encontra a mulher do Zé Ninguém que avisou sobre a ambulância tombada
E ajuda o Zé Ninguém a superar a perda da mulher (ocasionada por erro médico)
E a promover a aposentadoria do médico que só errou porque estava em processo adiantado de "demência"...

No final do episódio o casal volta pra casa e reinicia a conversa sobre tópicos indecifráveis...

Você acredita em destino?
Estamos no caminho certo?
Estamos no controle ou somos controlados?
Evitar a morte é o mesmo que aceitar a vida?
O limite do cartão de crédito tem sempre que ser insuficiente?
Por que a Marta tinha que questionar a opção sexual do Kassab?
Por que quase todo mundo é mais hipócrita do que autêntico?

Enfim... a protagonista... na infinita sabedoria feminina (todos os bons diálogos são previstos e escritos por mulheres...rs)... diz que aprendeu a nunca questionar
A lei cósmica da rabanada! (Sacou?! Não!? Cara você é lerdo hein... volta lá!)

Livre arbítrio I

Somos o resultado (extremista) das nossas escolhas...

De um lado, você conhece as pessoas "ó ceus, ó vida, ó azar!"... as que estão sempre do lado negro... as que a cada assunto puxam uma lamúria... aquelas para quem você pergunta "tudo bem?" por hábito... e corre!

E por outro... você conhece algumas pessoas que estão sempre surpreendendo pela maneira ensolarada com que encaram tudo… TUDO mesmo!

Tenho optado mais pela presença dessas ultimamente... talvez até para balancear a minha personalidade, porque eu não sou "o extremo do ensolarado" (longe disso)... mas também não quero ser apenas "noites sem luar"!

Só para ilustrar como a vida fica "bo (b) a, simples e fácil" nos momentos que deve ser:

Eu estava com a Gi e a Van numa dessas situações inusitadas da vida... e a Van armou um contexto com aquele sorriso enorme no rosto... ao que a Gi aquiesceu tentando aparentar uma má vontade que não sentia e dizendo:

- Vamo lá, já ouviu a expressão “tá no inferno”...
- Abraça o capeta – completamos juntas...
E a Van, já gargalhando (pois não precisa de motivos reais pra isso):
- Querida, eu não sou o capeta, sou a MULHER dele!

E daí as conjecturas inúteis atropeladas pelas risadas escandalosas seguiram sem fim...

sexta-feira, dezembro 19, 2008


Beijos e tiros...

Para quem já prestou a devida atenção no ator Robert Downey Jr. sabe que ele não faria feio ao lado do mais sarcástico dos seus amigos... some a isso a grata presença do Val Kilmer interpretando um improvável homossexual e tantos outros aspectos que validam o enredo, e terá um filme absolutamente assistível...

O filme é de 2005... a até agora eu havia passado batida por ele... vezes e vezes... por isso que, vez ou outra, é bom dar uma chance pras prateleiras obscuras das locadoras!

Se houver amanhã...

Inicialmente, esse é o título de um livro do Sidney Sheldon... um dos meus preferidos (dele)... nos meus mais do que idos - 11 anos...

Desde que eu passei a encarar mais adultamente a temporariedade das coisas, passei a usar isso como uma espécie de conselho genérico... Para cada pergunta ou proposta que eu pretenda adiar... segue o meu "grilo falante" com o dito... SE HOUVER AMANHÃ!!!
Não vou dizer que funciona sempre... mas é uma boa tática de convencimento!

Na minha área (talvez porque eu não saiba o que ocorre nas demais) é comum as pessoas fazerem esforços espartanos, para usufruírem de certos gozos depois (não, não me refiro a férias!)... Como também é comum, as pessoas acumularem uma certa gama de distúrbios físicos e emocionais, que as impeçam de conjugar o tal verbo gozar, como foi idealizado originalmente...

A dica talvez seja acionar o tal conselho genérico (escolha o que mais lhe aprazer!) com mais freqüência do que fazer planejamentos a longo prazo...

segunda-feira, dezembro 15, 2008

No último domingo fui prestar um concurso, numa sala lotada de pessoas com o mesmo nome... e com poucos nomes diferentes que já não eram desconhecidos... identidades sobre a mesa... parte do grande mistério revelado contrariamente... Lá, todos eramos "rivais", e para justificar as suas próprias falhas você fica observando as pessoas e emitindo juízos de valor... tipo "com essa cara não deve ser muito inteligente"... "com esse estilo não deve ter estudado nada"... e por aí vai...
Isso é errado... eu sei... mas acho que no fundo é o que todo mundo faz... e eu não posso desprezar uma certa inquietação ao imaginar qual seja a primeira impressão que eu cause nas pessoas...

Quem vê cara...

É notório que vivemos numa sociedade onde o primeiro dever que você tem seja o de ser apresentável... e, sendo apresentável uma boa parte do que seria primordial passa a ser secundário...
E mesmo que a parte coerente que exista em todos nós, seja primariamente contrária a essa questão... nós fazemos tanto uso disso em nossos julgamentos que acabamos nem percebendo a contradição...
Você não gostaria, por exemplo, de perder uma oportunidade de trabalho para alguém que seja, inicialmente, um rostinho apenas bonito... mas você percorre lugares buscando um rostinho bonito para chamar de seu...rs (Ainda que depois de meia hora de conversa, você perceba que esse critério não justifique todo o resto...)

Flightless Bird, American Mouth - Iron & Wine
Hino da fossa...

Imagine que depois de anos de mesmice afetiva você encontre alguém que realmente te faça ter reações normais... e daí conforme a convivência avança você vai domando as suas reações físicas a um ponto aceitável... e vai deixando de mencionar amor porque já lhe parece óbvio... e com o decorrer dos anos você entende que mesmo que ambos tenham defeitos, eles não sejam incompatíveis entre si... e que ficar ao lado desse alguém é apaziguador, porque por essa pessoa, vale a pena tentar ser mais do que se é.... e ainda que a distância seja um agente considerável, você passa a projetar um futuro até onde as intenções dos dois sejam convergentes... até que ocorre uma mudança comportamental dessa pessoa em relação à vida... e então você intui que seja “só mais um aspecto a mudar”... e um possível excesso de cautela dessa citada pessoa, faz com que pareça “só um tempo”... que desde o princípio você reconhece sem volta... e na véspera do que seria uma data comemorável, você tenha a confirmação dos seus piores anseios... ainda que uma parte sensata de você acredite que o melhor tenha sido feito... você fica sem rumo por um período, tateando às cegas e mudando de idéia em relação a como proceder a cada minuto... e daí em alguns momentos você escolhe o que ouvir e fazer sem se abalar... mas essa apatia te incomoda, porque não será assim que as coisas seguirão o melhor rumo... você quer sua vida de volta... e resolve dar um passo corajoso... resolve ouvir o que deveria evitar e deixar fluir... e continua ouvindo aquilo em looping até que as coisas façam sentido novamente... vamos chamar essa repetição musical de “O HINO DA FOSSA”... Quando a sua divindade voltar a ser mortal, não será necessária tanta exaltação... até lá... o meu hino tem sido esse:

domingo, dezembro 14, 2008




Ontem eu parei para pedir

o que sabia que poderia

não conseguir...



Hoje eu parei para pensar

mas no alvoroço recente

não consegui me concentrar...



Amanhã pretendo conjugar o verbo querer

e só priorizar o que

realmente quero fazer...


EU ADORO...

Conversas descontraídas com algum desconhecido
Poder - sem culpa - negar certos pedidos
Quando surge um evento interessante sem prévio aviso
Dar um fora ou dois sem nem ligar pra isso
Boas mensagens escritas em qualquer lugar
Mensagens repentinas no meu celular
Quando reconheço que fiz algo bem feito
Quando revejo um velho amigo ou o meu eleito
Causas naturais que deixem meu corpo molhado
Não esquentar com quem sentou ao meu lado
Acreditar que amo (coisas) mais do que odeio
E que uma semana possa ser boa por inteiro
Observar uma obra de arte encantadora
Qualquer boa música na voz de várias cantoras
Poder ouvir música alta até parar de pensar
Desfrutar um livro ou filme de arrepiar
Percorrer os longos caminhos de uma boa locadora
Escapar furtivamente do alvo da sua filmadora
Ver uma tempestade no horizonte se formando
Sentir a chuva e sob ela continuar caminhando
Falar e ouvir bobeira até chorar de rir
Um drama fictício que me faça refletir
Observar longamente vales e paisagens verdejantes
Ver meus alunos rindo e fazendo coisas mirabolantes
Beijos que me façam esquecer de respirar
Carícias escondidas sob alvo de um possível olhar
Poder conversar com a minha mãe sobre o que quer que seja
Perder a timidez e ter vontade de falar depois de algumas cervejas
Admitir que gosto de ficar sozinha sem me sentir “a estranha”
Falar abertamente sobre mim sem necessitar de artimanhas
Quando ouvem que eu não quero filhos e não fazem comentários
Os raros dias que eu dirijo sem esbarrar com nenhum otário
Ter a chance de aprender algo realmente significante
Conseguir ensinar coisas que considere relevantes
Ver o olhar dos meus alunos quando compartilho algo legal
Começar algo esperado e só me contentar quando chego ao final
Ficar na internet e as infinitas possibilidades que ela possibilita
Sobreviver a alguma situação que realmente me irrita
Comprar coisinhas variadas em ambiente virtual
Ser gratuitamente feliz como era no natal...

sábado, dezembro 13, 2008



Você só vê o que seus olhos querem ver,

Como pode a vida ser aquilo que você quer que ela seja?


Você fica gelado quando seu coração não está aberto.


(...)

Você desperdiça seu tempo com ódio e arrependimento,

Você fica arrasado quando seu coração não está aberto...


Agora não tem propósito em estabelecer a culpa,

E você devia saber [que] eu sofreria o mesmo.

(...)

O amor é um pássaro, ele precisa voar,


Deixe toda a dor dentro de você morrer.


Você fica gelado quando seu coração não está aberto...

Frozen... meu preferido dela!

You only see what your eyes want to see
How can life be what you want it to be
You're frozenWhen your heart's not open
You're so consumed with how much you get
You waste your time with hate and regret
You're brokenWhen your heart's not open

Chorus:
Mmmmmm, if I could melt your heart
Mmmmmm, we'd never be apart
Mmmmmm, give yourself to me
Mmmmmm, you hold the key

Now there's no point in placing the blame
And you should know
I suffer the sameIf
I lose youMy heart will be broken
Love is a bird, she needs to fly
Let all the hurt inside of you die
You're frozenWhen your heart's not open

(chorus, repeat)
If I could melt your heart

Algo permanente!


Antes que a luz se apague
Antes que o sol se ponha

Haverá alguém de estar
Haverá alguém de ficar

Para que outros venham
Para que outros fiquem!

Temporalidade...

Alguém do meu passado escreveu que...

Ao sentir o meu primeiro toque lembrava de como seriam os nossos filhos...

Não fez muito sentido na época... eu era jovem demais... e hoje... eu fico pensando nessas confusões temporais... de tudo o que eu projetei para um provável futuro e do que foi se perdendo no meu passado... e ao tentar lembrar de pessoas e situações... elas se deslocam em graus de importância, prioridades e saudades...

Hoje, tem alguém na minha vida, que FALA DO AMANHÃ COMO SE FOSSE ONTEM!

As fases de aceitação...

Quando algo repentino e surpreendente acontece em nossas vidas, passamos pelas fases de aceitação... a psicologia define que o primeiro princípio seja a negação, depois a raiva e a barganha, ocasionando a próxima fase que é a de negociação, daí, um tanto atrasadamente nós passamos para a revolta e/ou depressão (depende de como lidamos com os fatos!) e finalmente vem a ACEITAÇÃO.

Se esses termos forem mencionados em pesquisa no ambiente virtual é impressionante o número de artigos, blogs e afins que os tenha descrito... o que só pode significar que... eles são constantes na vida de todos... e o que eu considero mais importante... TODOS CHEGAM NO ESTÁGIO FINAL!!!

terça-feira, dezembro 09, 2008

Os escolhidos...

Depois dessa variável "bem mais potencial"... ouve uma troca em relação ao Comediante, em termos de composição física eu achei perfeita... embora só conheça o trabalho do Jeffrey Dean Morgan por uma ponta no filme P.S. I Love You (não decepciona!)...

Previsões...

Quando você lê algo que gosta muito, e num dado momento isso é passado do impresso pro vídeo... não tem como não gerar muitas expectativas no processo... até mesmo você, mero expectador se vê fazendo escolhas... não coloque aquele cara nesse papel... fulano seria o mais indicado para isso... quais cenas não poderiam ficar de fora... apenas os aspectos que você, como reles mortal... poderia pensar...

Em algumas produções, acho que é até preferível não ter uma figura pública muito batida... porque a imagem dela não encaixa em toda a "gama imaginativa" que você gerou em torno de determinadas personagens...

Daí os estúdios e todos os envolvidos... deixam "vazar" uma ponta aqui outra ali... e publicam a tal da previsão de estréia... que como se não bastasse a já proclamada demora... pode acabar demorando ainda mais...

A "minha estréia" mais aguardada, em termos de 2009 (especificamente p/ março) é WATCHMEN (ALAN MOORE) ... Não importa quantas vezes eu leia esse quadrinho... nunca deixa de me surpreender (favoravelmente, claro.... já que nem todas as surpresas são tão agradáveis!) ...

Fuçando aleatoriamente no google encontrei essa imagem (Watchmen Potencial)... nem sei o contexto, mas digo desde já que NÃO CONCORDO...rs

segunda-feira, dezembro 08, 2008

O poema integral...

Onde você vê um obstáculo,
alguém vê o término da viagem
e o outro vê uma chance de crescer.

Onde você vê um motivo pra se irritar,
alguém vê a tragédia total
e o outro vê uma prova para sua paciência.

Onde você vê a morte,
alguém vê o fim
e o outro vê o começo de uma nova etapa...

Onde você vê a fortuna,
alguém vê a riqueza material
e o outro pode encontrar por trás de tudo, a dor e a miséria total.

Onde você vê a teimosia,
alguém vê a ignorância,
um outro compreende as limitações do companheiro, percebendo que cada qual caminha em seu próprio passo. E que é inútil querer apressar o passo do outro, a não ser que ele deseje isso.

Cada qual vê o que quer, pode ou consegue enxergar. "Porque eu sou do tamanho do que vejo. E não do tamanho da minha altura."

Grandes expectativas...


Fico imaginando como seria desenvolver um alter ego, seria a melhor companhia possível ou ainda assim um ser passível de defeitos a cada olhada mais minuciosa... Acho que o aviso "não chegue muito perto", deve ser seguido à risca na maioria dos casos, pois normalmente o que se idealiza é melhor do que o que se analisa!!!


Talvez o maior erro seja nosso ao gerar expectativas tão grandiosas, a pessoa não pode ser isso ou aquilo nos momentos mais gloriosos e convenientes (apenas) ... nós queremos, e até acreditamos que ela deva ter (ou tenha mesmo!) todos os insights corretos sempre... é rótulo sobre rótulo... e daí nos decepcionamos, e a pessoa alvejada, nem sabe o porquê!


As grandes expectativas não são só em relação aos demais, elas estão lá, presentes em cada momento de autocrítica... é penoso falhar... em qualquer campo... para alguns de nós as opiniões alheias são padrões... os que mais contam... e me pergunto por quê?!


Na última aula desse semestre, um dos meus professores mencionou que devemos "nos converter em melhores autores de nós mesmos"... Embora eu concorde que seja eu quem tenha mais embasamento para avaliar a minha prática e as minhas vivências... dentro dos "autos", já é bastante complicado a menção crítica, pra que apelar pra destrutiva?!


A tendência é de anulamento a cada padrão supostamente inferior (e quem há de mensurar isso!?) ... até que não sobre muito de si mesmo para mostrar... até que se reverta essencialmente no padrão que se esperava a princípio...


Na mesma aula alguém (não decorei todos os nomes ainda) citou um poema do Fernando Pessoa... cuja frase final foi:


"... Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura!"

segunda-feira, dezembro 01, 2008

Às vezes... é bom não saber (totalmente) do que a música trata!!!

Far Away (tradução)
Nickelback
Composição: Chad Kroeger

Longe
Este tempo, este lugar
Esses desperdícios , esses erros
Tanto tempo , tão tarde
Quem era eu para te fazer esperar?
Apenas mais uma chance
Apenas mais um suspiro
Caso reste apenas um
Porque você sabe,
Você sabe , você sabe...

Refrão]
Que eu te amo
Eu sempre te amei
E eu sinto sua falta
Estive afastado por muito tempo
Eu continuo sonhando que você estará comigo
E você nunca irá embora
Paro de respirar se
Eu não te ver mais

De joelhos, eu pedirei
Uma última chance para uma última dança
Porque com você, eu resistiria
A todo o inferno para segurar sua mão
Eu daria tudo
Eu daria tudo por nós
Dou qualquer coisa, mas não desistirei
Porque você sabe
você sabe, você sabe..

[Refrão]
Tão longe
Estive afastado por muito tempo
Tão longe
Estive afastado por muito tempo
Mas você sabe ,
você sabe , você sabe..
Eu quis
Eu quis que você esperasse
Porque eu precisava
Porque eu preciso ouvir você dizer:

"Eu te amo
Eu te amei o tempo todo
E eu perdôo você
Por ficar tão longe por tanto tempo"
Então continue respirando
Por que eu não estou te deixando mais
Acredite em mim,
Segure-se em mim e nunca me solte. (2x)
Continue respirando
Segure-se em mim e nunca me solte
Continue respirando
Segure-se em mim e nunca me solte...

Essa música não sai da minha cabeça...

Far Away
Nickelback
Composição: Chad Kroeger

This time, this place,
Misused, mistakes
Too long, too late
Who was I to make you wait?
Just one chance, just one breath
Just in case there's just one left'
Cause you know, you know, you know...
CHORUS:
That I love you
That I have loved you all along
That I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore
On my knees,
I'll askLast chance for one last dance
'Cause with you,
I'd withstand
All of hell to hold your handI'd give it all
I'd give for us
Give anything but
I won't give up
'Cause you know, you know, you know
CHORUS:
That I love you
That I have loved you all along
That I miss you
Been far away for far too long
I keep dreaming you'll be with me
And you'll never go
Stop breathing if
I don't see you anymore
So far away (So far away)
Been far away for far too long
So far away (So far away)
Been far away for far too long
But you know, you know, you know
CHORUS:
I wanted, I wanted you to stay
'Cause I needed,
I need to hear you say
That I love you
That I have loved you all along
That I forgive you
For being away for far too long
So keep breathing
'Cause I'm not leaving you anymore
Believe and hold onto me and never let me go
Keep breathing
'Cause I'm not leaving you anymore
Believe and hold onto me and never let me go
Keep breathing hold onto me and never let me go
Keep breathing hold onto me and never let me go

Do potencial ao efetivo...


E já que mencionei siglas...

Vygotsky, um pensador na área de educação, em seus estudos, regulamentou as seguintes siglas:

DE: Desenvolvimento Efetivo
DP: Desenvolvimento Potencial


Sendo que DE é o que você consegue fazer sozinho e DP é o que você consegue fazer com a intervenção de alguém mais experiente ou preparado.
Temos um nível de capacidade adormecido, algo que está lá, prestes a ser liberado, para que, em algum momento do nosso processo de maturação, possamos realizar sem contar mais com a ajuda de terceiros...
Em relação a isso, ele empregou outra sigla:

ZDP: Zona de Desenvolvimento Proximal

Por isso, se você é uma dessas pessoas que sempre acha que vai acabar conseguindo, que tudo está "lá no fundo, prestes a sair" (não, não me refiro a questões intestinais, embora em algumas pessoas, os sistemas cognitivos e digestivos sejam os mesmos!!!)... enfim, não desanime, UM DIA VOCÊ VAI CONSEGUIR!!!

Palavras impronunciáveis...

Trabalhando com um público de idade muito reduzida a sua, você acaba tendo que prestar uma atenção absurda na sua linguagem o tempo todo... Uma das minhas professoras da época do Magistério (vide segundo grau), que era tão favorável a "palavras impronunciáveis", quanto eu (em algumas situações)... acabava transformando a sua intenção discursiva no percurso:

Caaaaaapacidade incrível
Fiiiiiiiiiiiiigurinha formidável
Vaaaaaaaai ser esperto assim lá em casa
Puuuuuuuuxa, que maravilhoso...
Eu não usei os termos dela.... mas creio que ilustra a intenção!

Atualmente, creio que o recurso substitutivo sejam as siglas... porque uma das minhas colegas fala constantemente "PADD"... Quando eu a questionei sobre o significado ela disse: "É a sigla para PELO AMOR DE DEUS"...

É uma estratégia... mesmo que não tenha o mesmo valor de desabafo das impronunciáveis!!!