segunda-feira, dezembro 08, 2008

Grandes expectativas...


Fico imaginando como seria desenvolver um alter ego, seria a melhor companhia possível ou ainda assim um ser passível de defeitos a cada olhada mais minuciosa... Acho que o aviso "não chegue muito perto", deve ser seguido à risca na maioria dos casos, pois normalmente o que se idealiza é melhor do que o que se analisa!!!


Talvez o maior erro seja nosso ao gerar expectativas tão grandiosas, a pessoa não pode ser isso ou aquilo nos momentos mais gloriosos e convenientes (apenas) ... nós queremos, e até acreditamos que ela deva ter (ou tenha mesmo!) todos os insights corretos sempre... é rótulo sobre rótulo... e daí nos decepcionamos, e a pessoa alvejada, nem sabe o porquê!


As grandes expectativas não são só em relação aos demais, elas estão lá, presentes em cada momento de autocrítica... é penoso falhar... em qualquer campo... para alguns de nós as opiniões alheias são padrões... os que mais contam... e me pergunto por quê?!


Na última aula desse semestre, um dos meus professores mencionou que devemos "nos converter em melhores autores de nós mesmos"... Embora eu concorde que seja eu quem tenha mais embasamento para avaliar a minha prática e as minhas vivências... dentro dos "autos", já é bastante complicado a menção crítica, pra que apelar pra destrutiva?!


A tendência é de anulamento a cada padrão supostamente inferior (e quem há de mensurar isso!?) ... até que não sobre muito de si mesmo para mostrar... até que se reverta essencialmente no padrão que se esperava a princípio...


Na mesma aula alguém (não decorei todos os nomes ainda) citou um poema do Fernando Pessoa... cuja frase final foi:


"... Eu sou do tamanho do que vejo e não do tamanho da minha altura!"

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