domingo, janeiro 10, 2010

Não existiria som... se não... houvesse o silêncio!


Já mencionei essa letra aqui ou no blog extinto... e ela não deixa nunca de ser boa... porque contém certas verdades absolutas...

Quando um Ser decide morar só... ainda que com vizinhos barulhentos dividindo o mesmo terreno e algumas laterais... ele se regojiza em ser autor “dos próprios sons”... e em alguns momentos opta por ouvir música num som absurdo... porque pode fazer isso para exorcizar a raiva que invariavelmente surge... sem que alguma criatura tenha a pachorra de reduzir o volume... ou pior... trocar a fonte por outra menos audível!

Mas é estranho... como a casa desse Ser que se imagina sozinho com o silêncio... produz sons para lhe fazer companhia... a tooodo momento... o Ser comprou o refrigerador que ele quis... e pela gratidão de ter saído de um ambiente tão impessoal... o refrigerador quer manter longas conversas diárias e noturnas... e o mesmo acontece com alguns dos seus melhores amigos... outros aparelhos que a tecnologia favoreceu que acompanhassem o Ser e o seu (pretenso) silêncio...

O Ser... tem pensamentos constantes... sobre os barulhos aleatórios... sobre os permanentes... e sobre todo o resto... e nesse intervalo de comunicações eletrônicas... o Ser tenta impor seus próprios sons... e sua voz... que ocasionalmente lembra de exercitar...

Mas daí... o Ser pára e pensa (de novo!) que alguns limites tênues se rompem... quando ele pára para conversar com o silêncio!

Nenhum comentário:

Postar um comentário