domingo, dezembro 13, 2009

Minha vida e uma vida inventada...


Ultimamente não passa um único dia em que eu não tenha que interpretar, resumir, ressignificar, conceituar algo escrito por pesquisadores e com "alto" teor científico.
Na semana passada, tive que redigir um memorial das minhas "incursões comunicacionais e tecnológicas" e ficou praticamente impossível desvincular a minha escrita de terminologias arraigadas, como: oportunizaram, procedimental, atitudinal, colaborativo, intencionalidade, funcionalidade e uma série de outras que ficaram constantes nos discursos elaborados.
Pretendia redigir um mínimo de 20 páginas e parei na décima segunda, não que não houvesse muito a ser dito, só que já não dava mais... o fato é que eu estou cansada, muuuuuito cansada e como se não bastasse fica difícil ser minimamente inteligente com algo martelando frequentemente nas minhas têmporas...
É só um momento discordante, porque é fato que eu sou (e sempre fui) uma garota das letras, a Maitê no livro "Uma vida inventada" descreve primorosamente alguns dos meus momentos (será que poderia citá-la "cientificamente falando"?!)...
"Não sou uma pessoa infeliz. Em momento algum as tristezas me imobilizaram, e não foi por coragem que isso se deu, mas por temperamento. Há nos meus interiores um entusiasmo indelével que me move. Se estou às portas do abismo, de dentro sobe um fogo que queima os nós da garganta, devolve-me a respiração e a voz, e por fim brota em mim uma vigorosa curiosidade por todas as coisas.
Assim tem sido.
Não acho a vida difícil, apenas repetitiva, e às vezes me cansa nadar contra correntes sempre tão semelhantes, ou atravessar as marolas que ondulam a todo momento..."
Logo mais estarei recuperada... e nem o meu anunciado cansaço fez com que eu desistisse de buscar estudos e/ou algo que sacie essa vigorosa curiosidade... Minhas "psicólogas de sofá e mesa" proclamam com total repreensão que essa gana por estudos é apenas uma forma de justificar minhas ausências (reconheço que foram muitas)...
O que elas ainda não entenderam é que isso me define e me torna mais plena do que qualquer convenção social... o que (ainda) falta é equilibrar meu tempo e culpa, com meus desejos (e/ou com os desejos alheios)!!!

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