domingo, março 14, 2010

A(s) graça(s) da vida em sociedade... Parte 1

Eu estou tão acostumada a interagir nas mesmas rodas com as mesmas pessoas selecionadas a dedo e pisando nos mesmos lugares... que quando saio um pouco do meu eixo... lembro de porque somos o país da diversidade... tem cada tipo tão "atípico" que até em regiões específicas da cidade em que moro há (mais da?!) metade da minha vida... cabem "outras cidades dentro"...
Fui perambular para além da linha nesse fds... e fui cercada por pessoas que quebram os padrões... todos... dos etários aos comportamentais... só para exemplificar... quando um garoto de 17 anos fica me cercando eu tenho esses pensamentos, nessa ordem:
1) Deve ter sido meu aluno (muitos são, se (re)apresentam, trocam umas palavras, mistério resolvido);
2) Vai tentar me roubar (tentar, porque se tiver sozinho e for pivete, não vou facilitar tanto assim);
3) Tá desorientado (e acrescente a isso todas as variáveis).
Mas agora essa idade, achou um "mercado novo", o de mulheres mais velhas potencialmente desesperadas... rs Veja bem... nada contra... mas eu não vejo incentivo mental nem físico na coisa... e além de tudo tenho uma profissão a zelar... isso não deve ser muito bem visto pelas mães dos demais...
Meu sobrinho tem 13... mas pensa que tem 21... e já vi mulher beeeem mais velha mencionando até namoro para o garoto... eu entendo que os homens mais velhos, em um número bem representativo, tenham lá as suas falhas... e daí escolher um para manipular possa parecer a melhor escolha... mas... sei não...
Dentre os amigos do meu sobrinho... tem um cara de 25... que pensa que tem 13... e é assim que a coisa anda... numa inversão numérica de dar medo!!!
Lembro que quando eu tinha 17 e meu namorado (de uma vida) 16... algumas amigas da família dele... entravam no cio diante do mesmo... até pedir uma "concepção por fora"... foi pedido...
Bem... voltando ao garotinho assustador... ele me cercou... cercou... cercou... daí veio um cara com uma "caixa" e perguntou:
- Quer uma rosa?
E eu respondi:
- Não obrigada!
E ele:
- Mas é de graça!
E eu:
- Mesmo assim!
E ele (antes de sair e oferecer para quem fosse):
- Mesmo assim?
Sorriso torto sem graça e aceno afirmativo (adiós)...
O menino assustador aceitou a rosa que vinha com um convite oral e impresso... onde eu acredito ter ouvido a palavra "igreja"... olhava para a rosa... para o convite... para mim... para a rosa... para o convite... para mim... ele levantou e começou a caminhar na minha direção... eu levantei e comecei a caminhar na direção inversa...
Fim de um caso estranho com proporções inversas (quando sou forçada a dar fora, eu dou... e não que goste desse papel... mas se for exigido... desempenho ele com louvor... e o garotinho ainda tem uma vida de foras pela frente... não precisa de nada tão definitivo de uma mulher que ele julgou "potencialmente desesperada"...rs)!!!

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