quarta-feira, fevereiro 18, 2009

Chegadas e partidas...

Hoje, anunciado na página inicial das minhas opções de internet, constava a notícia de que uma estação de trem na Inglaterra estava proibindo beijos, que haviam sido criadas áreas específicas para as despedidas...
No novo desenrolar dos relacionamentos, há muitos interesses e dinamismos e pouco romantismo... não sou a mais romântica das criaturas, meu eterno senso prático faz com que muitas tentativas e aceitações pareçam um tanto ridículas... mas meus momentos de “Chegadas e partidas” (ou vice-versa - que aliás, é um filme que recomendo!) tiveram seus momentos de romantismo fortuito...
De beijos inesperados, vá lá, no metrô, já que o grande percurso de trem nunca rolou – voltinha na Maria Fumaça, não conta... A despedidas (semi) chorosas com celebração discreta do desacreditado “frio na barriga”... Passando pelas pequenas surpresas cotidianas... que já foram mais constantes... até porque minha disponibilidade também o era!
Atualmente, sobra pouco tempo para tais casualidades... tenho amigas que se ajeitaram porque “era hora”... outras que aceitaram o que foi surgindo por interesses adversos, dentre os quais a maternidade impera (não sei qual é a medida para esperma, mas me parece exacerbada!)... e umas poucas sortudas que puderam usufruir do tal frio na barriga (há quem chame de “borboletas no estômago”!), e depois disso, não se contentam com nada menos (me refiro a envolvimento real, não a namoricos e escapadelas – afinal o organismo “clama”, e já que ninguém reclama!!!)...
Em “Amor e Inocência”, com conteúdo biográfico sobre Jane Austen (a romancista dos ingleses que proíbem despedidas!), é comentado que ela não pode se casar sem amor... e nem com amor... porque um parece inaceitável e o outro socialmente inadmissível... mesmo sem vivenciar uma vida conjugal plena, possibilitou que suas personagens tivessem o desfecho que lhe fora negado.
De qualquer forma, ela, como tantos de nós, teve seus momentos... e ainda que possam parecer breves como despedidas... ficam eternizados na constituição dessa pessoinha prática e impessoal que a vida acaba nos tornando...

Um comentário:

  1. "não sou a mais romântica das criaturas, meu eterno senso prático faz com que muitas tentativas e aceitações pareçam um tanto ridículas..." /Você,às vezes,é bem "hermética"...rs Ou restritiva...rs "tentativas e aceitações"...Dê um exemplo...rs

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